Vice-ministro da Agricultura da China eleito para dirigir a FAO

Eleição para o sucessor do brasileiro Graziano da Silva à frente da agência da ONU para a alimentação e agricultura decorreu hoje. Qu Dongyu recebeu 56,5% dos votos

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Qu Dongyu sucederá a Graziano Silva na direcção da FAO a partir de 1 de Agosto LUSA/Riccardo Antimiani

O vice-ministro da Agricultura da China, Qu Dongyu, foi hoje eleito director-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Será o nono director-geral da FAO, desde que a agência da ONU foi criada, em Roma, em 1945. O mandato terá início a 1 de Agosto próximo e terminará a 31 de Julho de 2023. 

A eleição para escolher o director-geral da instituição para os próximos quatro anos decorreu hoje na capital italiana, tendo Qu Dongyu alcançado 56,50% dos votos, ou seja 108 em 191 expressos, de acordo com o comunicado hoje emitido pela FAO.

Qu Dongyu é a primeira pessoa de um país comunista a ocupar o cargo de director-geral da organização e sucede, para um mandato de quatro anos, ao brasileiro Graziano da Silva que, desde 2012, ocupava o cargo.

Graziano da Silva fez dois mandatos como diretor-geral, de 2012 a 2015 e de 2015 a 2019, depois de ter entrado na FAO em 2006, quando foi nomeado diretor-geral adjunto para a América Latina e as Caraíbas.

Os 194 países membros da FAO, convocados para a 41ª conferência da agência, escolheram hoje o novo director-geral, entre três candidatos - da China, França e Geórgia -, todos com ampla experiência no sector.

Na disputa do cargo estavam ainda Catherine Geslain-Lanéelle, ex-diretora do Departamento de Desempenho Económico e Ambiental de Empreendimentos do Ministério da Agricultura da França, e a primeira mulher a candidatar-se ao cargo na FAO; e David Kirvalidze, que foi ministro da Agricultura da Geórgia.

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