Aristides Gomes continua como primeiro-ministro

A um dia do fim do seu mandato, o Presidente José Mário Vaz aceitou reconduzir Aristides Gomes, depois de ter recusado o nome do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para liderar o Governo.

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Aristides Gomes vai continuar como primeiro-ministro, cargo que exerce desde Abril do ano passado Lusa

O PAIGC venceu as eleições de 10 de Março sem conseguir maioria absoluta, elegendo 47 dos 102 deputados da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, mas formou, entretanto, uma coligação com três pequenos partidos, capaz de garantir a estabilidade política do Governo, com um apoio de 54 deputados.

É provável agora que Domingos Simões Pereira possa ser o candidato do PAIGC às eleições presidenciais de 24 de Novembro, tal como o próprio referiu ao PÚBLICO numa recente entrevista.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, reconduziu este sábado Aristides Gomes como primeiro-ministro do país. O nome do actual líder do Governo foi indicado pelo PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de Março, depois de o chefe de Estado se ter recusado a nomear Domingos Simões Pereira, o líder do partido.

A um dia de terminar o seu mandato como Presidente, pressionado interna e externamente, José Mário Vaz (conhecido por JOMAV) decidiu por fim pôr um ponto final na crise política criada pela sua relutância em nomear um primeiro-ministro, mais de três meses depois das eleições.

O impasse só foi superado porque o PAIGC decidiu, “em nome da paz e da permanente preocupação com a estabilidade política” do país, indicar o nome de Gomes para se manter no cargo.

“Cientes de que o regime JOMAV é insensível ao sofrimento do nosso povo, manteremos a nossa luta no campo democrático para que possamos tirar pela via das urnas os inimigos do nosso povo dos cargos que jamais souberam honrar”, afirmou a direcção do partido em comunicado, citado pelo blog noticioso guineense Ditadura de Consenso.

A tomada de posse de Aristides Gomes como primeiro-ministro decorreu ontem à tarde. O sociólogo formado em França, membro do comité central do PAIGC, já é primeiro-ministro desde Abril de 2018.

O PAIGC venceu as eleições de 10 de Março sem conseguir maioria absoluta, elegendo 47 dos 102 deputados da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, mas formou, entretanto, uma coligação com três pequenos partidos, capaz de garantir a estabilidade política do Governo, com um apoio de 54 deputados.

É provável agora que Domingos Simões Pereira possa ser o candidato do PAIGC às eleições presidenciais de 24 de Novembro, tal como o próprio referiu ao PÚBLICO numa recente entrevista.

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