Brasileiros Madimboo antecipam disco de estreia no Musicbox

Três dos músicos que acompanham Johnny Hooker antecipam canções do seu álbum Flertar é Humano esta sexta-feira no Music Box, em Lisboa.

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Os três músicos de Madimboo DR

Três dos músicos que acompanham Johnny Hooker na sua digressão portuguesa vão ter uma estreia à parte: o trio que formaram há cinco anos, e a que chamaram Madimboo, apresenta-se esta sexta-feira à noite no mesmo Music Box que recebeu Hooker em 2018, fazendo a primeira parte dos holandeses The Mauskovic Dance Band. E, aproveitando outra brecha na agenda de Hooker, actuarão também no Porto, na noite de São João (24 de Junho, nos Jardins da Casa do Vinho Verde), com participação do próprio Johnny e da cantora baiana Josyara, que no passado domingo actuou no Espelho d’Água, em Lisboa.

Constituído por Artur Dantas (voz e controlador), Felipe Rodrigues (guitarra) e Thiago Duarte (bateria), o trio lançou recentemente um single e um videoclipe (Contato) que antecipa o seu álbum de estreia, Flertar é Humano, que vai ser lançado em Julho. O álbum, anunciam os promotores da banda, tem ainda canções como Bafo, lançada em 2018, e Caetano Veloso, música inspirada no cantor e compositor baiano, escrita por Artur Dantas e já celebrizada por Johnny Hooker (gravou-a no seu disco Coração).

O nome Madimboo pode parecer de inspiração africana, mas, na verdade, vem de um desenho animado do Japão. No comunicado difundido pela banda, Artur Dantas explica a confusão: “Em 2015, quando nos firmámos como grupo, existia uma cena nacional de afrobeat universitário e Madimboo soava como se fôssemos uma dessas bandas.”

Uma das últimas composições para o álbum de estreia dos Madimboo, Contato foi criada por um motivo específico: “Foi quando sentimos a falta de um single explosivo e dançante. Fusão inusitada de house music com carimbó, a faixa é carregada de solos de guitarrada que me levam da floresta de Belém do Pará até a industrial Manchester, dos Smiths”, explicou Dantas, o compositor. Inspirados, diz ele, por uma passagem do filme Solaris (1972), de Andrei Tarkovski, os versos da canção “falam sobre amar e fugir, essas contradições da espécie humana”: “O mais humano no teu erro/ entre o dito e o que é feito/ é ver você me dizendo eu te amo/ enquanto foge pra longe de mim”.

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