A tragédia de uma família como metáfora de uma nação

Ciro Guerra e Cristina Gallego viajaram no tempo até ao começo do tráfico de marijuana na Colômbia para nos contarem uma tragédia familiar em jeito de filme de gangsters entre os wayúus do Norte da Colômbia. “A violência é o grande tema da arte colombiana”, dizem em entrevista os realizadores de Pássaros de Verão, quinta-feira nas salas.

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No princípio, a droga ia de burro, tão ingénuo como fácil era o negócio. Essa pré-história do tráfico na Colômbia, antes dos Estados Unidos começarem a sua guerra contra a droga, ficou conhecida como a “bonança marimbera” e durou até meados dos anos 1980 – um tempo de tanta abundância que, em vez de contado, o dinheiro era pesado. “A época de transformação de uma sociedade rural permeada pelo capitalismo selvagem” que “começou de uma maneira muito inocente, muito ingénua”, diz Cristina Gallego. E como de uma década, “do espiritual, da procura da paz e do amor”, como foi a dos anos 1960, se “transforma completamente uma nação e nos introduz no mercado da droga, transformando-nos em produtores e exportadores do pior mal da sociedade”.

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