Professores satisfeitos com exame de Filosofia

Prova realizada nesta segunda-feira por alunos do 11.º ano apelou mais ao raciocínio e menos à memorização.

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Para o exame de Filosofia estavam inscritos 16.718 alunos Paulo Pimenta

A Associação de Professores de Filosofia (APF) considera que o exame realizado nesta segunda-feira por 15.648 alunos do 11.º ano (estavam inscritos 16.945) tem um “grau de exigência cognitiva adequado à faixa etária a que se destina [16/17 anos], destacando que “a maioria das questões está centrada em competências cognitivas superiores (aplicação, análise, síntese, avaliação) e não em capacidades de mera reprodução por memória”.

Também a Sociedade Portuguesa de Filosofia (SPF), faz uma apreciação positiva da prova. António Lopes, da SPF, indica que se acentuou a tendência de ter “menos perguntas de exposição simples e mais questões de argumentação”. “É uma melhoria que vem na linha do que sempre defendemos”, afirma.

A prova de Filosofia abriu a temporada de 2019 dos exames do ensino secundário, que se prolongará até ao próximo dia 27 de Junho. Os alunos do 9.º também têm provas finais de Português e Matemática, marcadas respectivamente para 21 e 27 de Junho.

À semelhança do que vai também acontecer com todos os outros exames do 11.º ano, só foram escolhidos para a prova de Filosofia os conteúdos que são comuns às chamadas aprendizagens essenciais, destinadas aos alunos abrangidos pelo projecto da flexibilidade curricular, e ao programa em vigor.  Isto significa, como explicou ao PÚBLICO o director do Instituto de Avaliação Educativa (Iave, responsável pela elaboração dos exames), que os conteúdos das provas do 11.º ano de 2019 sofreram um “encolhimento” por comparação às realizadas nos anos anteriores.

Esta opção permite que exista “uma maior concentração nos conteúdos essenciais e também que as perguntas sejam mais dirigidas ao raciocínio”, refere António Lopes da SPF. Segundo a APF, o exame proposto aos alunos nesta segunda-feira “corresponde aos documentos orientadores da disciplina e à informação sobre a prova”, acrescentando que seus critérios de classificação, divulgados pelo Iave, “não levantam problemas de interpretação.”.

Também os alunos questionados pelo PÚBLICO à saída do exame, manifestaram-se satisfeitos com a prova. Mas as opiniões dividiram-se quanto ao grau de dificuldade: uns consideraram que foi mais fácil do que o exame do ano passado, outros disseram que tinha sido mais difícil.

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