Ministério Público investiga queda de Ruben de Carvalho no hospital

Após a queda, o comunista terá entrado em coma e não voltou a recuperar. Morreu três semanas depois.

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Ruben de Carvalho LUSA/JOÃO RELVAS

O jornal Observador avançou nesta segunda-feira a notícia de que o Ministério Público está a investigar a queda de Ruben de Carvalho no Hospital de Santa Maria, após ter sido internado na sequência de uma crise na vesícula. “Confirma-se a existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP de Lisboa. Não tem arguidos constituídos”, confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR) ao PÚBLICO.

O PÚBLICO quis saber se a investigação foi originada por uma denúncia, mas a PGR nada acrescentou sobre este ponto.

O conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, por seu turno, disse ao PÚBLICO que decidiu abriu um processo de inquérito ao caso.

De acordo com a notícia do Observador, Ruben de Carvalho chegou ao hospital com queixas na vesícula e algumas semanas antes da morte terá dado uma queda — bateu com a cabeça —, tendo entrado em coma horas depois. O hospital ainda não se pronunciou sobre este caso, mas na altura do óbito assumira como causas da morte “problemas de saúde que exigiram internamento hospitalar”.

Ruben de Carvalho morreu a 11 de Junho, aos 74 anos. Era membro do comité central do PCP desde 1997, aderiu ao partido em 1970 e foi seu funcionário entre 1974 e 1997​. Foi sujeito a várias detenções no Aljube e em Caxias entre 1961 e 1966, tendo sido de novo preso no início de Abril de 1974. Foi chefe de redacção do jornal partidário Avante!, de 1974 a 1995, e durante anos foi o responsável pela programação cultural e pela organização dos espectáculos da Festa do Avante!

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