Centro Hospitalar explica falta de anestesista no Pulido Valente e garante resposta

Em caso de necessidade será chamado um profissional de prevenção, garante hospital. Médicos e sindicato tinham criticado situação.

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Paulo Pimenta

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) esclareceu neste domingo a falta de anestesistas no fim-de-semana no Hospital Pulido Valente e garantiu que em caso de necessidade será chamado um profissional, de prevenção.

O esclarecimento, em comunicado, surge um dia depois de médicos do hospital terem criticado a falta de anestesistas na escala do fim-de-semana. O coordenador da unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos do Departamento do Tórax escreveu à directora do Departamento a manifestar preocupação com o impacto na qualidade assistencial e na segurança dos doentes internados.

O CHULN diz entender as preocupações do médico e explica depois, no comunicado, que estão no Pulido Valente, em permanência, quatro a cinco médicos para assegurar a assistência aos doentes internados nos Serviços de Pneumologia, Medicina Interna, Cirurgia Torácica e Unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos.

“Estes clínicos, que incluem médicos das especialidades de Pneumologia e Medicina Interna, bem como um especialista na Unidade de Cuidados Intensivos, têm diferenciação e experiência para proporcionar a resposta atempada às situações de urgência/emergência dos doentes internados e, se necessário, serão coadjuvados por anestesiologista chamado para o efeito”, a menos de 30 minutos de distância, diz o Centro Hospitalar.

O CHULN assinala ainda que neste fim-de-semana estão internados no Serviço de Cirurgia Torácica dez doentes (de uma lotação de 18 camas) e na Unidade de Cuidados Intensivos Médico-Cirúrgicos um doente (de um total de quatro camas).

A ocupação, em paralelo com a presença no Hospital Pulido Valente de “profissionais médicos experientes”, assim como a “disponibilidade em prevenção de um especialista em Anestesiologia”, garante a capacidade de resposta no caso de uma ocorrência imprevista, assegura o CHULN.

O CHULN esclarece ainda que as necessidades no fim-de-semana são distintas da realidade nos dias úteis, quando está sempre presente um anestesiologista.

As necessidades clínicas da semana “não se colocam ao fim-de-semana, pois durante este período não ocorre actividade cirúrgica que requeira a permanência de anestesiologista”, frisa o CHULN, que vinca que “nenhuma decisão põe ou porá em causa a segurança dos doentes”.

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