Conseguirá Portugal espremer a “laranja mecânica” pela oitava vez?

Historial de confrontos entre as duas selecções é favorável aos portugueses, que nunca perderam frente à Holanda em fases finais.

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Cristiano Ronaldo celebra o golo contra a Holanda no Euro 2004 Action Images / REUTERS

Este domingo, no Estádio do Dragão, a partir das 19h45, apenas a Holanda poderá impedir a selecção portuguesa de, no período de três anos, levantar pela segunda vez o troféu de uma competição internacional. Quando recordamos o historial de confrontos entre os finalistas da Liga das Nações, é muito difícil olvidar o “golaço” de Maniche no Euro 2004 — considerado um dos melhores do torneio — ou a “batalha de Nuremberga”, no Mundial de 2006 — que culminou com 16 cartões amarelos e quatro expulsões, um recorde absoluto.

Apesar de já se terem defrontado por 13 vezes, o primeiro jogo entre Portugal e Holanda apenas teria lugar em 1990. A 17 de Outubro desse mesmo ano, um golo solitário de Rui Águas ao minuto 53’ decidiria a partida de qualificação para o Europeu de 1992. No jogo disputado em solo holandês, o resultado foi o mesmo, mas com vencedor diferente: o médio Richard Witschge decidiria o encontro a favor da “laranja mecânica”.

Essa derrota em Roterdão seria a única na década de 90 frente à formação holandesa. A “selecção das quinas” voltaria a disputar mais três particulares frente à “laranja mecânica": duas vitórias (em Faro, por 2-0, em 1992; em Eindhoven, três anos depois, por 1-0) e um empate a zero (Paris, 1999), desequilibrariam o historial de confrontos para o lado português.

Portugal invicto em fases finais frente aos holandeses

O jogo deste domingo será o 14.º entre os dois países. Sete vitórias, quatro empates e duas derrotas é o saldo absoluto, claramente favorável à selecção das “quinas”. Para além do total de vitórias, outro indicador que sorri aos portugueses prende-se com a percentagem de triunfos contra a Holanda em fases finais: 100%. Nas três vezes que se encontraram na derradeira etapa de competições internacionais, os holandeses nunca conseguiram levar Portugal de vencida.

Em 2004, num Estádio José Alvalade “novinho em folha”, a selecção nacional ambicionava a primeira final na história. Um golo de cabeça do jovem Cristiano Ronaldo, aos 26’, colocou em sentido uma formação holandesa recheada de estrelas. O golo de Maniche, já na segunda parte, deu uma margem de conforto aos portugueses, que ainda se viram “aflitos” após um autogolo de Jorge Andrade aos 63 minutos. 

Dois anos depois, desta vez nos oitavos-de-final do Mundial de 2006, na Alemanha, Portugal levaria de novo a melhor sobre os holandeses. Maniche decidiu a partida com um golo aos 23’, nos 90 minutos mais indisciplinados da história do futebol mundial. No total, o árbitro russo Valentin Ivanov mostrou um total de 20 cartões (16 amarelos e quatro vermelhos). Costinha e Deco, ambos por acumulação de amarelos, foram as baixas portuguesas. A selecção gaulesa, nas meias-finais, colocaria um ponto final às aspirações portuguesas na competição.

Mais recentemente, na última jornada do grupo B do Euro 2012, Portugal precisava de vencer para garantir o apuramento para os “oitavos” da prova. O jogo começou mal para a selecção nacional, com um golo de Rafael van der Vaart aos 11 minutos. Porém, Cristiano Ronaldo, com um bis, inverteu o marcador e carimbou a passagem para a fase seguinte. Portugal chegaria até à meia-final da competição, onde seria eliminado pela Espanha nas grandes penalidades.

Este domingo, às 19h45, Portugal tem a hipótese de alargar o fosso no historial de confrontos com a selecção holandesa. E, pela primeira vez na história, os 90 minutos que se irão disputar no Estádio do Dragão decidirão a casa do troféu da Liga das Nações. 

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