Jorge Jácome conquista grande prémio no Festival de Hamburgo

Com a curta-metragem Past Perfect, o realizador voltou a ser distinguido no festival alemão, onde no ano passado venceu com Flores.

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Fotograma de Past Perfect DR

Repetindo a conquista na edição do ano passado, com Flores, Jorge Jácome voltou a vencer, este domingo, a competição internacional do Festival de Curtas-Metragens de Hamburgo, desta vez com o filme Past Perfect.

Um ensaio sobre a melancolia, como o próprio realizador o apresentou, Past Perfect teve a sua estreia mundial também na Alemanha, no Festival de Berlim, na secção Berlinale Shorts, em Fevereiro.

Esta curta-metragem de 23 minutos de duração foi inspirada numa peça de Pedro Penim, do Teatro Praga. “Quando comecei a trabalhar nele, nem tinha a certeza se seria um filme, porque as imagens não tinham sido pensadas para uma curta. Decidi tornar o projecto um filme quando percebi que tinha uma ligação muito directa com todos os [filmes] que fiz anteriormente”, disse o realizador ao PÚBLICO a pretexto da sua presença em Berlim.

Sobre ele, escreveu então Jorge Mourinha: “Em Past Perfect, a arqueologia da cultura pop funciona como ponto de partida para questionar a noção de saudade, de passado, de melancolia – 2018 foi apenas no ano passado e contudo parece ter já sido há tanto tempo, diz-se às tantas”. E o crítico de cinema do PÚBLICO classificou ainda o filme como “uma pequena jóia prismática de grande inteligência formal”, que “projecta a narrativa conceptual” do seu filme anterior, Flores, “para uma área criativa completamente diferente”.

Nascido em Viana do Castelo, em 1988, Jorge Jácome cresceu em Macau e voltou a Portugal, onde em 2010 concluiu o curso de Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, tendo depois feito, em 2016, uma pós-graduação em França, no Le Fresnoy – Estúdio Nacional das Artes Contemporâneas.

Na sua filmografia, toda dedicada à curta-metragem, realizou também Plutão (2013), A Guest + A Host = A Ghost (2015) e Fiesta Forever (2017).

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