Governo diz que há “quebra de confiança” entre Estado e TAP

Ministro das Infra-estruturas diz que a comissão executiva da TAP “agiu em desrespeito dos deveres de colaboração institucional que lhe são conferidos”.

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Daniel Rocha

O Governo e a administração da TAP estão num ponto de quase ruptura por causa da atribuição dos prémios, pelo menos a avaliar pelo comunicado emitido pelo ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, que acusa o conselho de administração de “desrespeito” dos “valores de colaboração” e anuncia uma “quebra de confiança” entre Governo e a transportadora. 

“O Ministério das Infra-estruturas e da Habitação discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao conselho de administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição, não se revendo na conduta da comissão executiva, que agiu em desrespeito dos deveres de colaboração institucional que lhe são conferidos”, escreve o ministro. E assinala que “o Governo e os representantes do Estado no conselho de administração da TAP tomaram conhecimento desta decisão, já consumada com o processamento dos salários referentes ao mês de Maio, pelos órgãos de comunicação social”.

No comunicado de Pedro Nuno Santos, é dito que “este procedimento por parte da comissão executiva da TAP constitui uma quebra da relação de confiança entre a comissão executiva e o maior accionista da TAP, o Estado português”, e informa-se que “o Governo solicitou a convocatória, com carácter de urgência, de uma reunião do conselho de administração para esclarecimento de todo o processo e para análise do dever de informação a que estão obrigados nos termos do acordo parassocial e nos termos da legislação em vigor”.

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