O envelhecimento é uma conquista sobre a morte. A solução é adaptarmo-nos

Estudar e trabalhar até que chegue a reforma é “fórmula do passado”, sustenta demógrafa que preconiza que envelhecimento populacional deve ser pretexto para uma mudança nos ciclos de vida. Especialistas debatem formas de responder a um país cada vez mais grisalho.

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Portugal não pode continuar de costas voltadas para o envelhecimento da sua população Daniel Rocha

Facto: Portugal é o terceiro país mais envelhecido da Europa. Entre os seus 10,3 milhões de habitantes, 21,3% têm 65 ou mais anos de idade. Pergunta: o aceleradíssimo envelhecimento da população é um sintoma de uma sociedade doente ou é, pelo contrário, sinal de desenvolvimento? A demógrafa Maria João Valente Rosa defende a segunda hipótese, sustentando, aliás, que devíamos celebrar a mudança do perfil etário do país. “O processo de envelhecimento mergulha as suas raízes nas conquistas que se fizeram sobre a morte e na melhoria das condições de vida das populações. E devíamos estar a festejar este processo, porque todos gostamos de viver mais anos”, situa, dando o mote, quase em jeito de provocação, para a conferência “Desafios Demográficos – o Envelhecimento”, promovida pelo Conselho Económico e Social, e que junta esta quinta-feira, em Coimbra, dezenas de especialistas, numa discussão alargada a demógrafos, médicos, filósofos, economistas e investigadores, entre outros.

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