Já são conhecidos os artistas seleccionados para o Prémio de Arte Paulo Cunha e Silva

Curadora Margarida Mendes integra o júri da segunda edição deste prémio bienal promovido pela Câmara do Porto em homenagem ao seu antigo vereador da Cultura. É a única portuguesa na vasta lista de jurados, curadores e artistas candidatos.

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Projecto de Mariana Caló e Francisco Queimadela, vencedores da primeira edição do prémio, na exposição na Galeria Municipal do Porto DR
Margarida Mendes
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A curadora e investigadora Margarida Mendes (Lisboa, 1985) é o único nome português na vasta lista de jurados, curadores e artistas que vão participar na segunda edição do Prémio de Arte Paulo Cunha e Silva, promovido pela Câmara Municipal do Porto, e lançado esta quarta-feira.

A comissária da exposição Matter Fictions, apresentada em 2016 no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, integra o júri deste prémio bienal, ao lado da artista e bailarina da República Dominicana Isabel Lewis, do artista, realizador e escritor afro-britânico John Akomfrah, que nasceu no Gana, e do escritor e crítico do Bangladesh Shumon Basar.

Tal como na edição inaugural do prémio, cada um dos membros do júri seleccionou quatro curadores, que por sua vez indicaram três artistas cada – os 48 seleccionados (cujos nomes poderão ser consultados aqui) irão apresentar os seus portfolios ao júri, e a lista de finalistas, em número a decidir pelos próprios jurados, será anunciada no próximo mês de Agosto.

O anúncio do vencedor – que receberá um prémio de 25 mil euros – será feito em Junho de 2020, altura em que será apresentada na Galeria Municipal do Porto (ao Palácio de Cristal) a exposição dos finalistas, comissariada por Margarida Mendes e por Guilherme Blanc, assessor para a Cultura do presidente da Câmara do Porto e responsável pela organização do prémio.

A preocupação de Blanc foi de novo abrir o prémio a “uma grande latitude geográfica e cultural”, proporcionando o contacto com “diferentes linguagens e culturas”, diz o curador ao PÚBLICO. De facto, entre os nomes envolvidos nas diferentes estruturas do prémio há representantes de países tão diversos como o Líbano, a Guiné Equatorial, o Ruanda, a Coreia do Sul, a Índia, a China, o Canadá e o Brasil, além de vários europeus.

Além desta abertura geográfica e cultural, Blanc salienta também a preocupação de abrir o leque disciplinar às artes performativas, como se vê desde logo na constituição do júri com o convite feito à bailarina Isabel Lewis – do mesmo modo que, na edição anterior, esteve presente Meg Stuart –, criadora de “eventos multissensoriais” que têm sido apresentados em fóruns como a Art Basel, na Suíça, a Tate Modern, em Londres, ou a Martin Gropius Bau, em Berlim.

O Prémio de Arte Paulo Cunha e Silva destina-se a artistas internacionais com menos de 40 anos e que não tenham apresentado mais do que uma exposição individual em espaços de arte internacionalmente reconhecidos. Visa também homenagear a figura do vereador da Cultura entre 2013 e 2015.

Na edição inaugural, saiu vencedora a dupla portuguesa Mariana Caló-Francisco Queimadela.

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