Richard Carapaz “pinta” de rosa a bandeira do Equador

Corredor da Movistar confirmou, no contra-relógio final, o triunfo na edição de 2019 do Giro.

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LUSA/ALESSANDRO DI MEO

Richard Carapaz (Movistar) conquistou neste domingo a 102.ª edição da Volta a Itália em bicicleta, a primeira “grande Volta” vencida por um ciclista do Equador, num contra-relógio final em que se impôs o norte-americano Chad Haga (Sunweb).

Aos 29 anos, Carapaz consegue a maior vitória da carreira, tendo defendido com êxito a liderança que assumiu na 14.ª tirada, no contra-relógio da 21.ª e última etapa, de 17 quilómetros, em Verona, acabando com 1m05s de vantagem sobre o segundo, o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain-Merida), e 2m30s sobre o terceiro, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), nas contas finais.

Na etapa, o esloveno foi 10.º colocado, o que lhe permitiu subir ao último lugar do pódio, num exercício em Verona que Haga venceu com um tempo de 22m07s, batendo dois belgas da Lotto Soudal, Victor Campenaerts, segundo, a quatro segundos, e Thomas de Gendt, terceiro, a seis.

O único português em prova, Amaro Antunes (CCC), registou o 34.º melhor tempo, a 1m10s do vencedor, terminando a estreia em “grandes Voltas” no 54.º posto da geral final.

“Foi uma experiência muito boa e enriquecedora. Só posso sair satisfeito, cheguei aqui com uma preparação que não era adequada para uma Volta deste nível, e conseguir fazer o que fiz é um motivo de orgulho e satisfação”, afirmou à agência Lusa.

Um dos pontos altos do ciclista algarvio de 28 anos chegou na 19.ª tirada, quando integrou uma fuga que vingou e terminou em terceiro lugar, tendo ficado muito próximo de conseguir a primeira vitória portuguesa no Giro desde Acácio da Silva, em 1989.

“Não posso dizer que foi uma desilusão, mas era algo que ambicionava muito, sobretudo depois de tudo o que passei. (...) Nunca baixei os braços, dei o corpo às balas, mas acabei por ter dois atletas mais fortes [à frente]. A única ilação que tiro desta corrida são os bons indicadores”, explicou.

Antes, já tinha sido 10.º na sexta etapa, entrando no top 10 da geral, do qual que só saiu seis dias depois, e a vontade de voltar a uma prova “super, super, super-dura” vai ficar “sempre”.

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