Ott Tänak disparado na frente do Rali de Portugal

Trio da Toyota dominou na abertura, com Neuville e Ogier a gerirem, com pinças, um dia crítico para as aspirações dos candidatos.

Foto
LUSA/PAULO NOVAIS

Animado pela vitória no Rali do Chile, Ott Tänak — apesar da menor aderência enfrentada pelos primeiros pilotos a saírem para a estrada — foi o mais rápido num primeiro dia do Rali de Portugal dominado pelos Toyota, impondo-se nas temidas classificativas de Arganil, Góis e Lousã. O estónio amealhou no início da jornada uma vantagem significativa que geriu, tranquilamente, na super-especial de Lousada, ganha por Thierry Neuville (Hyundai), com 2m35,5s (perante cerca de 30 mil espectadores), mas, ainda assim, a 1,2 segundos do recorde absoluto do circuito da Costilha, estabelecido por Ott Tänak em 2018.

Os Toyota de Tänak, Jari-Matti Latvalla e Kris Meeke assumiram as três primeiras posições num dia ingrato para o hexacampeão mundial Sébastien Ogier, a quem coube a missão de limpar a gravilha dos troços da manhã para toda a concorrência. Com isso, o francês cedeu segundos importantes na luta de candidatos à vitória, num campeonato que o piloto da Citroën lidera com dez pontos de vantagem sobre Tänak e 12 sobre Neuville.

O belga, ainda a recuperar do susto do Chile, evitou os problemas de pressão de combustível que afectaram seriamente os Hyundai dos companheiros Dani Sordo (que liderou nas duas primeiras especiais) e Sébastien Loeb, mas não conseguiu livrar-se da sombra de Ogier, apesar de ter sido 0,9s mais rápido do que o francês em Lousada, partindo para o segundo dia com 1,6 segundos de vantagem.

Tempo que Sébastien Ogier poderá recuperar nos seis troços cronometrados (160,7 km repartidos por duas passagens por Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante), no norte, onde competirá a outros o trabalho de sapa, pelo que será natural que o campeão em título passe definitivamente ao ataque, em busca da terceira vitória da temporada (Neuville venceu dois ralis e Tänak outros dois).

Sem possibilidade de assistência técnica entre a primeira e segunda passagens nas três classificativas do Centro do país, qualquer imprevisto poderia traduzir-se num drama, como o que condicionou o finlandês Temmu Suninen (Ford), atrasado por uma perda de travões quando discutia o segundo lugar com Latvala. Azar teve também o galês Elfyn Evans (Ford), que perdeu quatro minutos na sequência de um erro do navegador Scott Martin, ao desligar inadvertidamente uma ficha, em Góis 2. E ainda o finlandês Esapekka Lappi, companheiro de equipa de Ogier, traído por um furo que o deixou praticamente fora da discussão dos primeiros cinco classificados, da qual deverá sair o vencedor da sétima prova do Mundial.

Na discussão dos pilotos do Campeonato de Portugal de Ralis, Armindo Araújo (Hyundai) impôs-se a Ricardo Teodósio (Skoda) e a Bruno Magalhães (Hyundai), segurando a liderança com 50 segundos de vantagem para o segundo.

Sugerir correcção
Comentar