Peters “fugiu da fuga” e venceu no Giro

Etapa mostrou boas indicações da Movistar, que teve os seus dois líderes, Carapaz e Landa, a ganharem tempo aos restantes favoritos.

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Nans Peters DR

Nans Peters (AG2R) venceu a 17.ª etapa da Volta a Itália. O jovem ciclista francês, de 25 anos, foi o mais forte entre os fugitivos, nesta quarta-feira, na chegada a Anterselva, superando Esteban Chaves (Michelton) e Davide Formolo (BORA). Entre os favoritos à vitória final houve luta na última subida, com os Movistar Mikel Landa e Richard Caparaz a ganharem tempo a Nibali (Bahrain) e Roglic (Jumbo).

Nesta quarta-feira, houve, como esperado, uma fuga a vingar. Depois de várias tentativas sem sucesso nos primeiros quilómetros, um grupo de 18 ciclistas conseguiu soltar-se do pelotão, entre os quais o português Amaro Antunes e o belga Thomas de Gendt – o “rei das fugas” –, cuja presença na frente atestou a pertinência de uma fuga numa etapa com um perfil montanhoso, mas sem ser tão dura como a etapa de terça-feira.

Na fuga, o ciclista mais bem colocado na geral era Davide Formolo, a mais de 11 minutos, pelo que dificilmente este lote de corredores valeria uma possível mudança na camisola rosa. O pelotão permitiu à fuga ganhar mais de sete minutos, deixando claro que o vencedor da etapa seria um dos fugitivos.

Com 17 “companheiros de aventura” na frente, Jan Bakelants decidiu jogar com as probabilidades: dificilmente venceria no meio de um grupo tão grande, pelo que decidiu ir por si próprio.

Atacou a cerca de 70 quilómetros do final e abriu um minuto para o restante grupo, mas, a 50 quilómetros do final foi a vez de Amaro Antunes se lançar ao ataque na fuga. A acção do português serviu de “rastilho”, já que se seguiram várias outras ofensivas que anularam a vantagem de Bakelants.

Com a fuga novamente junta, Nans Peters atacou, a 15 quilómetros do final, e a inércia e excesso de confiança dos perseguidores permitiram ao francês chegar à meta isolado, resistindo a uma última subida difícil.

Mais atrás, Mikel Landa (Movistar) atacou, “de olho” no pódio, mesmo tendo o companheiro Carapaz na liderança da corrida. Nibali e Roglic não responderam ao espanhol, preferindo ficar na “marcação” a Carapaz. O líder da corrida acabou por atacar também, seguindo o exemplo de Landa, ganhando 15 segundos a Nibali e Roglic, ambos sem capacidade para responder.

Nesta quinta-feira haverá uma tirada sem complicações, perfeita para uma chegada ao sprint. Caleb Ewan, Elia Viviani e Fernando Gaviria já abandonaram o Giro, pelo que os favoritos são Pascal Ackermann – já bisou na prova – e Arnaud Démare, os sprinters que resistiram às montanhas do Giro.

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