A sina de Alexander Zverev

O tenista alemão tem tido longas maratonas em Roland Garros.

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Alexander Zverev Reuters/KAI PFAFFENBACH

Há um ano, Alexander Zverev teve de ultrapassar três adversários em cinco sets para alcançar, em Roland Garros, o seu melhor resultado em torneios do Grand Slam até ao momento: quartos-de-final. Na semana passada, em Genebra, o tenista alemão teve de recorrer ao set decisivo em três dos quatro encontros realizados para conquistar o primeiro título da época – e desde que triunfou nas ATP Finals, em Novembro. Nesta terça-feira, estreou-se nesta edição de Roland Garros com mais uma maratona, de quatro horas. Depois de cumprimentar John Millman, o número cinco do mundo ajoelhou-se no court.

“Não têm sido semanas fáceis para mim, pessoalmente também, por isso, necessitei de me recordar que ainda sou um dos melhores tenistas do mundo e que tudo é bom, que vou ter outra oportunidade para jogar aqui na segunda ronda… salientar as coisas positivas”, explicou Zverev, depois de deixar escapar uma vantagem de 4-2 no quarto set, antes de impor-se ao australiano, 56.º do ranking, por 7-6 (7/4), 6-3, 2-6, 6-7 (5/7) e 6-3.

No seu quarto torneio após uma (nova) paragem de quatro meses, devido a uma lesão no joelho direito, Juan Martin del Potro (9.º) defrontou um sósia:  Nicolas Jarry (58.º), igualmente de 1,98m de altura e dotado com uma potente direita. O chileno, que dispôs de dois match-points na final de Genebra, diante de Zverev, não conseguiu manter o nível do primeiro set, enquanto Del Potro foi sendo mais eficaz no serviço e nos pontos importantes, para vencer, por 3-6, 6-2, 6-1 e 6-4.

Destaque ainda para o mais idoso encontro na história Open de Roland Garros – e desde 1977 em Grand Slams –, onde Ivo Karlovic, 94.º e 40 anos, assinou 35 ases e venceu o espanhol Felicano Lopez, 108.º e 37 anos, por 7-6 (7/4), 7-5, 6-7 (7/9) e 7-5.

No principal court de Roland Garros, a líder do ranking Naomi Osaka somou a 15.ª vitória consecutiva em majors, mas admitiu nunca se ter sentido tão nervosa num encontro de ténis. “Não sou uma pessoa lógica, mas as razões lógicas são: é a primeira vez que entro num Grand Slam como número um – ganhei os dois últimos, por isso queria muito ganhar; nunca tinha jogado no Philippe Chatrier; e penso que, mais uma vez, queria provar algo a mim própria”, explicou a japonesa, após eliminar Anna Karolina Schmiedlova (90.ª), por 0-6, 7-6 (7/4) e 6-1.

Apesar de ter triunfado no Open dos EUA e no Open da Austrália, Osaka figura na lista de favoritas atrás de Simona Halep (3.ª), que também sentiu o peso de defender o título, diante da australiana Ajla Tomljanovic (47.ª).

“Foi uma grande jogo e o nível dela no segundo set foi mesmo alto. Claro que não foi fácil por causa das emoções, a pressão, mas é sempre bom voltar àquele court”, reconheceu a romena, após vencer, por 6-2, 3-6 e 6-1.

Mais doloroso foi ver a campeã de 2017, a letã Jelena Ostapenko (39.ª), acumular 60 erros não forçados, incluindo 17 duplas-faltas, no duelo com a ex-número um mundial, Victoria Azarenka. A determinação da bielorrussa, agora 43.ª mundial, permitiu-lhe ganhar, por 6-4, 7-6 (7/4) e ir defrontar Osaka.

Entretanto, João Sousa despediu-se de Paris, após ser eliminado, ao lado de Leonardo Mayer, da competição de pares, onde perderam com os cabeças de série n.º8, Henri Kontinen e John Peers, por um duplo 6-4.

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