Em matéria de árbitros todos querem “fugir” de Tiago Martins e João Capela

Benfica, FC Porto e Sporting venceram todos os jogos apitados por João Pinheiro e Carlos Xistra, num total de 14 partidas. Saiba, ainda, quem são os árbitros com o critério mais largo e os que assinalam mais penáltis.

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João Capela em acção na I Liga. LUSA/HUGO DELGADO

Tiago Martins, João Capela e Fábio Veríssimo foram os árbitros com o “gatilho mais leve” na I Liga que agora termina. Todos internacionais e todos no topo dos rankings de árbitros mais “castigadores”. Capela foi o árbitro com mais cartões vermelhos mostrados – 13 –, seguido de Fábio Veríssimo (11) e Tiago Martins (9).

Este último é o “rei do amarelo” – 104 advertências na temporada –, num ranking que traz um dado curioso: apesar de ser o árbitro com mais cartões vermelhos mostrados, João Capela até tem um ranking modesto em matéria de cartões amarelos (nono lugar).

Destaque, ainda, para Jorge Sousa, que, em matéria de média de amarelos por jogo (fez poucos jogos, por lesão), surge no segundo lugar.

"Grandes” deram-se bem com Pinheiro e Xistra

João Pinheiro e Carlos Xistra são, para as equipas “grandes”, os únicos árbitros que não deixam más recordações. Benfica, FC Porto e Sporting venceram todos os jogos apitados pelos juízes, respectivamente, de Braga e Castelo Branco, num total de 14 partidas.

O Benfica também se deu bem com Rui Costa – quatro vitórias em quatro jogos –, enquanto o FC Porto só venceu com Luís Godinho e Nuno Almeida e o Sporting com João Capela e Manuel Mota.

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Os novatos têm de esperar

Esta acabou por ser uma temporada de gestão com “pinças” por parte do Conselho de Arbitragem, já que as lesões de vários árbitros (Jorge Sousa à cabeça) e as ausências pontuais de Soares Dias, Tiago Martins e Fábio Veríssimo, para compromissos UEFA e FIFA, não permitiram ao CA ter muitas vezes à disposição o leque completo de árbitros C1Pro (da I Liga). Ainda assim, o CA geriu os recursos humanos disponíveis com base, sobretudo, no lote de árbitros mais experientes.

Artur Soares Dias é o árbitro com mais jogos, fazendo valer o estatuto de único português na classe elite da arbitragem europeia. Hugo Miguel e Luís Godinho, ambos internacionais, completam o top-3, sendo que o único árbitro não internacional no top-6 em jogos realizados é o algarvio Nuno Almeida, algo que atesta a intenção do Conselho de Arbitragem (CA) de recorrer aos árbitros mais categorizados, reduzindo o número de jovens árbitros a serem “lançados às feras”.

Os três árbitros que subiram nesta temporada à categoria C1PRO somaram todos menos de dez jogos. Falamos de Cláudio Pereira, de Aveiro, André Narciso, de Setúbal, e João Malheiro Pinto, de Lisboa.

Ninguém quer receber Sousa e Pinheiro

Aprofundando a análise – e voltando ao desempenho no relvado –, pode destacar-se a “sorte” das equipas da casa quando são arbitradas por Luís Godinho. Os jogos do árbitro alentejano – que terminou a temporada na berlinda, após o desempenho como VAR no Rio Ave-Benfica – resultaram em 71,4% de vitórias da equipa da casa.

Por outro lado, Jorge Sousa e João Pinheiro são os árbitros que ninguém desejou receber no seu estádio. Estiveram, respectivamente, em apenas 20 e 21% de vitórias da equipa da casa. Imunes à pressão das bancadas?

Voltando a Luís Godinho, o árbitro de Évora foi o que mais vezes apontou para a marca dos 11 metros: foram nove pontapés de penálti assinalados durante a temporada, seguido dos oito de Nuno Almeida, João Capela e João Pinheiro.

Godinho foi, ainda, entre os árbitros com participação em, pelo menos, metade das jornadas, o que teve média mais alta de faltas por jogo: 36. Manuel Mota e Nuno Almeida foram, por outro lado, os que tiveram o critério mais largo, assinalando “apenas” 30 faltas por jogo.

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