PSOE vence europeias, confirma bom momento e pode concentrar-se em formar Governo

Socialistas espanhóis venceram europeias confortavelmente e somaram triunfos importantes nas autonómicas e municipais. PP afunda-se e Vox fica aquém do esperado.

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Pedro Sánchez JJ GUILLEN/EPA

Três eleições, três triunfos. É este o balanço do “superdomingo” espanhol para o Partido Socialista (PSOE), que conseguiu transportar o bom momento das legislativas do final do mês de Abril e sair por cima também nas europeias, autonómicas e municipais, todas realizadas no mesmo dia. 

Um final feliz numa maratona eleitoral que fortalece o partido de Pedro Sánchez e que permite ao líder socialista apontar agora baterias para as negociações tendo em vista a investidura do Governo, novamente liderado por si.

Na corrida ao Parlamento Europeu, o PSOE conseguiu 32% dos votos, equivalentes a 20 eurodeputados – mais seis que 2014. Os socialistas substituem, com esse resultado, o Partido Popular (PP), no primeiro posto da contenda europeia. 

O partido de Pablo Casado foi, na verdade, o grande derrotado da noite, como já tinha sido nas eleições gerais do dia 28 de Abril. Os populares ficaram-se pelos 20% (12 eurodeputados), menos 12 pontos percentuais que o PSOE e menos 6% que o resultado obtido há cinco anos. 

Um resultado fraco para um partido que já estava em queda livre com Mariano Rajoy e que não encontrou, com Casado, uma forma de travar a fuga de votos para outras forças à direita.

O único consolo do PP é que conseguiu manter-se por cima do Cidadãos, que desde as legislativas quer tomar o seu lugar de principal partido de oposição. Os liberais quadruplicaram a percentagem alcançada nas europeias de 2014 e conseguiram 12% dos votos (sete eurodeputados).

Unidas Podemos conseguiu 10% (seis eurodeputados) e o Vox ficou-se pelos 6% (três eurodeputados). O partido de extrema-direita estreia-se no Parlamento Europeu, mas perde algum fôlego em relação aos 10% que conseguiu nas legislativas.

Os secessionistas catalães Carles Puigdemont (auto-exilado na Bélgica) e Oriol Junqueras (detido em Espanha) também serão eleitos eurodeputados, de acordo com as projecções.

No que às eleições internas diz respeito, o PSOE conseguiu triunfos importantes nas Ilhas Baleares e Castela-La Mancha, entre outros. Não conseguiu, no entanto, juntar-se à coligação Mais Madrid, para superar o bloco da direita, formado por PP, Cidadãos e Vox, e vencer em Madrid.

Em Barcelona, os resultados foram muito aproximados. Mas Ada Colau (Barcelona en Comú) acabou por perder a câmara para Ernest Maragall (ERC, independentista catalã). O Partido Socialista da Catalunha surpreendeu na cidade condal e o seu candidato, Jaume Collboni, assumiu-se como líder da terceira força.

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