Nadal e Djokovic mantêm-se como os suspeitos do costume

João Sousa terá como primeiro adversário em Roland Garros o bem conhecido Pablo Carreño Busta.

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Reuters/STRINGER

O triunfo, há uma semana, em Roma, permitiu a Rafael Nadal chegar a Paris com pelo menos um título em terra batida. Mas mais: confirmou o espanhol como principal candidato a vencer em Roland Garros, um torneio que já conquistou em 11 ocasiões. E relegou também Novak Djokovic para segundo lugar na lista de favoritos, embora, para muitos, o líder do ranking seja o único capaz de impedir o espanhol de revalidar o título.

Após a vitória em Itália, Nadal iniciou a preparação para Roland Garros, onde irá defrontar tenistas vindos do qualifying nas duas rondas iniciais, mas o terceiro adversário poderá ser o mais cotado David Goffin. Nas meias-finais, poderá encontrar Stefanos Tsitsipas ou Roger Federer, igualmente colocados na sua metade do quadro.

“Tenho estado em casa, um dia a jogar golfe, um dia com a família e voltei aqui. Para ser honesto, sinto-me a jogar bem e o meu objectivo é continuar a jogar a este nível, porque há sempre pequenas coisas que posso melhorar. Mas em termos gerais, o importante é estar saudável, competir bem e estar fresco, mental e fisicamente”, afirmou o espanhol que, no dia 3 de Junho, irá completar 33 anos. Duas sessões de treino bastaram para Nadal se readaptar ao remodelado court Philipp Chatrier, onde somou a maioria das 86 vitórias no torneio.

Na sua metade está também João Sousa (70.º) que terá como primeiro adversário o bem conhecido Pablo Carreño Busta (56.º). O tenista espanhol, 10.º em 2017, não ganha um encontro desde Janeiro, depois der estado lesionado no ombro direito.

Novak Djokovic estreia-se diante do polaco Hubert Hurkacz (43.º), um jogador possante e descomplexado e, no seu caminho, poderão aparecer Borna Coric (ou Denis Shapovalov), Alexander Zverev – que ontem conquistou o primeiro título do ano, em Genebra – e o finalista do ano passado, Dominic Thiem.

“Para mim, há sempre um incentivo extra para ganhar em Roland Garros por causa da oportunidade de deter os quatro Grand Slams, algo que fiz há três anos e isso, obviamente, que me dá razão suficiente para acreditar que posso fazê-lo outra vez”, afirmou o sérvio, campeão em 2016.

Federer quer... ir longe

Roger Federer conta com mais duas vitórias no Grand Slam francês do que Djokovic, mas também mais três derrotas. Depois de falhar o torneio em 2016 por lesão e os dois últimos anos por opção estratégica, Federer volta a Paris, 10 anos depois do seu único título em Roland Garros, e após rodar em Madrid e Roma, onde chegou aos quartos-de-final. E a sua experiência em encontros à melhor de cinco sets pode ser um trunfo.

“Não tenho a certeza se ainda tenho mais um título em mim, mas espero colocar-me em posição de ir longe no torneio e defrontar os jogadores do topo”, afirmou o suíço de 37 anos, que se estreia já este domingo, diante do italiano Lorenzo Sonego (73.º).

O torneio feminino está ainda mais aberto do que o masculino, mas Simona Halep (3.ª) recolhe maior favoritismo. No mesmo lado do quadro da campeã de 2018 está Petra Kvitova – que desde o regresso à competição, há exactamente dois anos, é a jogadora com maior número de títulos no circuito feminino – e a número um mundial, Naomi Osaka; duas jogadoras que têm obtido melhores resultados em pisos rápidos.

Karolina Pliskova e Kiki Bertens entraram no lote de favoritas, depois de vencerem os principais torneios em terra batida, mas a grande incógnita paira sobre Serena Williams. A norte-americana de 37 anos continua à procura do 24.º título no Grand Slam, mas a preparação para Roland Garros ficou reduzida a dois encontros, devido a uma lesão no joelho. Se a experiência e determinação a levarem até às meias-finais, poderá vir a defrontar Halep.

Entre as novidades para esta edição do torneio de Roland Garros conta-se a estreia de um novo estádio, o court Simonne Mathieu, em homenagem à bicampeã francesa do torneio nos anos 30. O court foi erguido no meio das centenárias estufas do jardim botânico nas Serres d’Auteuil e tem capacidade para cinco mil espectadores.

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