Sotheby’s vai leiloar arte aborígene em Nova Iorque

Transferência mostra um interesse crescente pela arte indígena australiana.

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Summer Celebration (1991), de Emily Kame Kngwarreye

A Sotheby’s vai transferir a sua operação de venda de arte aborígene de Londres para Nova Iorque, tornando-se a primeira casa internacional de leilões a oferecer arte indígena australiana fora da Austrália e da Europa. Com o primeiro leilão marcado para Novembro, a leiloeira anunciou que levará à praça artefactos de valor museológico, que recuam até ao século XVIII, bem como arte emergente pós-colonial, alguma com uma forte componente política.

O leilão de Novembro inclui duas obras da artista Emily Kame Kngwarreye (1910-1996), com origem na colecção europeia de Thomas Vroom.

Desde 1997 que a Sotheby’s organiza leilões na Austrália de arte aborígene, tendo a operação em Londres começado em 2015, com a supervisão de Timothy Klingender, consultor senior para a arte australiana. “A arte indígena australiana despertou sempre um interesse global, com compradores nos leilões recentes de Londres a licitarem da Europa, Médio Oriente, Ásia, América do Norte e do Sul e da Austrália. Há anos que a minha ambição é fazer essa oferta em Nova Iorque”, afirma Timothy Klingender, no comunicado da leiloeira.

Este ano, acrescenta, comemoram-se os 30 anos da itinerância da histórica exposição Dreamings – The Art of Aboriginal Australia, vista no espaço da Asia Society e que é vista pela leiloeira com a introdução de Nova Iorque à arte aborígene. “Desde aí, o campo cresceu continuamente e a arte aborígene é actualmente coleccionada, de uma maneira profunda, por muitos dos museus mais importantes do mundo e por coleccionadores privados.”

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