Final da Taça de Portugal: arbitragem globalmente positiva

Foi uma final com algumas incidências, um golo anulado e várias decisões avaliadas pelo videoárbitro. Aqui fica uma súmula das principais decisões que a equipa de arbitragem liderada por Jorge Sousa teve de tomar.

Minuto 21
Sebastian Coates, no interior da área, faz falta sobre Soares. Contudo, e porque o avançado estava em posição de fora-de-jogo  — e porque o árbitro entendeu que quando o jogador portista sofreu falta já estava a tomar parte activa no jogo —, acaba por ser considerada como primeira infracção o fora-de-jogo. 

Minuto 23
Golo anulado a Marega. Foi o videoárbitro que, ao verificar o lance, detectou a infracção. No lance pode considerar-se a existência de uma possível falta atacante (de Soares), mas acima de tudo um claro fora-de-jogo (de Marega). Boa decisão do binómio videoárbitro/árbitro. 

Minuto 40
Golo de Soares, que motivou a análise detalhada do lance por parte do videoárbitro. A dúvida gerou-se em torno da acção de Herrera, que fez a assistência para a finalização — terá o mexicano dominado e controlado a bola com o braço? O movimento de domínio de bola foi deliberado, contudo, muitas dúvidas se foi conseguido com o braço ou o ombro. Com as diversas repetições, fica a ideia de ter sido mais com o ombro direito e, como tal, aceita-se a decisão de validar o golo.

Minuto 45
Golo do Sporting totalmente legal. Não obstante a bola, rematada de fora da área por Bruno Fernandes, ter passado na zona onde se encontrava Raphinha, que estava em fora-de-jogo posicional, este não teve impacto sobre Danilo, que acabou por desviar a bola para dentro da baliza do FC Porto.

Foto

Minuto 82
Brahimi caiu na área do Sporting, mas não houve nenhuma infracção que justificasse a marcação de um pontapé de penálti, já que Raphinha chegou primeiro à bola, tocando apenas nesta. Só depois, fruto do movimento de ambos os jogadores, é que se deu um contacto normal. 

Minuto 90+4
Coates interceptou a bola com a mão após um passe para as costas da defesa do Sporting e viu cartão amarelo. O árbitro considerou que  não se estava perante uma clara oportunidade de golo, mas antes perante um ataque prometedor. Para além de haver outro defesa na zona de acção de Soares (no caso, Mathieu), o avançado do FC Porto ainda tinha de controlar a bola para seguir para a baliza, razão pela qual Jorge Sousa advertiu e não expulsou o jogador dos “leões”. 

Minuto 103
Acuña, sem bola, empurrou pelas costas Hernâni, quando Adrián López se preparava para rematar à baliza. Fica a ideia de ter havido falta e um penálti por assinalar a favor do FC Porto.

Veredicto

Acabou por ser uma arbitragem globalmente positiva. Nos lances principais de natureza técnica, Jorge Sousa foi assertivo, geriu disciplinarmente bem o jogo. Soube controlar de forma eficaz as emoções e fazer-se respeitar, encontrando no videoárbitro um auxílio precioso.

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