A vida secreta dos objectos no palco de Anna Franceschini

Na sua segunda exposição na Galeria Vera Cortês, a artista italiana Anna Franceschini trata os objectos como se tivessem vida, emoções, sentimentos, histórias. Entre drama e erotismo, sem qualquer presença humana. Até 12 de Junho.

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Bruno Lopes

O que fazem os objectos quando estão sozinhos? Terão uma vida própria? Animam-se? Transcendem a função que lhes atribuímos? Estas são perguntas que se escutam em Tu Sei la Notte, a segunda exposição da artista italiana Anna Franceschini (Pavia, 1979) na Galeria Vera Cortês. Rodeadas de paredes pintadas de azul, as peças têm algo de inusitado e inquietante. Encimada por uma elegante mão de plástico, uma peruca gira, num movimento lento, sobre o que parece ser um plinto. Num vídeo disposto sobre um biombo, outras duas perucas dançam num varão, tocando-se, caindo, escorregando. O palco, encenado, é delas, enquanto aos humanos só parece restar uma condição: a de espectadores.

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