Santos Silva acredita que populismo e nacionalismo “não vão vingar”

As família que defendem a integração e a União Europeia vão ter uma vitória muito expressiva, afirma ministro dos Negócios Estrangeiros.

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Os chefes das diplomacias de Portugal, Alemanha e Eslovénia em Berlim LUSA/CLEMENS BILAN

A poucos dias das eleições europeias, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, mostrou, em Berlim, confiança na vitória dos partidos pró-europeus, sublinhando que o populismo e o nacionalismo “não vão vingar”.

Santos Silva participou esta quarta-feira numa reunião de trabalho com os homólogos alemão, Heiko Maas, e esloveno, Miro Cerar, no âmbito da preparação do programa do designado Trio de Presidências da União Europeia, que os três países assumem entre Julho de 2020 e Dezembro de 2021.

Em declarações à agência Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros revelou estar convencido da vitória dos partidos pró-europeus, nas próximas eleições. “Estou pessoalmente convencido de que vai ser claro, nestas eleições, a vitoria das forças que querem prosseguir no caminho da integração europeia, sejam eles os conservadores, os socialistas, os verdes, os liberais, ou outras forças políticas pró-europeias sobre as forças que querem destruir a União Europeia”, revelou.

A propósito das candidaturas de vários partidos de extrema-direita, por toda a Europa, Augusto Santos Silvas salientou estar convencido de que “não vão vingar”.

“Certamente estamos todos à espera, infelizmente, do crescimento da sua representação no Parlamento Europeu. Mas, para todos os efeitos, todas as famílias europeias que defendem, cada uma a seu modo, a integração europeia e a união europeia vão ter uma vitoria muito expressiva, na minha opinião”, sublinhou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros não escondeu o simbolismo da reunião desta quarta-feira hoje em vésperas das eleições para o Parlamento Europeu. “Foi a data mais conveniente para os três ministros, mas também o facto de se desenrolar a dois dias das eleições, também significa um sinal de confiança no funcionamento prático, concreto, rotineiro da União Europeia. Não há nenhuma razão para interromper a nossa agenda de políticas europeias porque, na minha opinião, sairá reforçada das próximas eleições”, realçou o ministro.

O populismo foi um tema abordado durante a conferência conjunta dos três ministros, português, esloveno e alemão. Miro Cerar sublinhou que esta seria “uma alternativa horrenda”, enquanto Heiko Maas reconheceu que “muito está em jogo”.

“É a eleição mais importante na que participo porque é decidido o caminho da Europa. Se os populistas ganharem força no Parlamento Europeu, isso irá reduzir e ameaçar a capacidade de acção da União Europeia”, frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, congratulando-se com o aparente “aumento do interesse das pessoas” pela votação.

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