Uma opereta para afirmar o São Luiz como cidade

Na comemoração dos 125 anos do São Luiz, o teatro lisboeta regressa ao seu espectáculo inaugural: a opereta A Filha do Tambor-Mor. Entre esta quarta-feira e 26 de Maio, 150 intérpretes levam a palco uma comédia que caminha para a liberdade.

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Estelle Valente

Da noite da inauguração do Theatro D. Amélia, a 22 de Maio de 1894, chegam até hoje sobretudo relatos do acontecimento social. E era realmente um acontecimento a abertura de uma sala lisboeta baptizada com o nome de D. Amélia de Orleães, na data do oitavo aniversário do casamento da rainha com o rei D. Carlos, fruto do investimento de cinco empresários locais que pretendiam elevar Lisboa ao mesmo frenesim cultural de Paris, Madrid ou Viena. As honras de abertura ficariam a cargo da companhia italiana dos irmãos Gargano, especializada em operetas e comédias musicais, e presença habitual nos palcos da cidade. Nessa noite dar-se-ia a “récita de gala”, a primeira de 15 apresentações que marcavam o arranque da programação da sala – que seria, mais tarde, rebaptizada como Teatro da República (em 1910) e Teatro São Luiz em 1918 (na altura da morte do Visconde São Luiz de Braga, um dos seus fundadores) –, tendo a escolha recaído sobre A Filha do Tambor-Mor, do compositor francês Jacques Offenbach, com libreto de Alfred Duru e Henri Chivot, escrita em 1879.

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