Queixas sobre refeições nas cantinas escolares diminuem 26%

Ministério da Educação justifica decréscimo com mais fiscalização.

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No ano passado, o ME recebeu um total de 936 queixas contra a comida nos refeitórios concessionados nas escolas. Nelson Garrido

Desde o início do ano lectivo, o Ministério da Educação (ME) registou 600 reclamações contra as refeições servidas nos refeitórios das escolas. São cerca de quatro por dia e menos 211 do que no mesmo período do ano passado, segundo os dados avançados pelo Jornal de Notícias (JN) na edição desta segunda-feira.

Ao diário, o ME justifica a redução de 26% no número de queixas com um reforço da fiscalização. Desde a aprovação do plano integrado do controlo de qualidade das refeições servidas nas escolas, em Dezembro de 2017, que as queixas diminuíram. O plano prevê a criação de equipas regionais da Direcção-Geral de Estabelecimentos Escolares e a abertura das cantinas aos pais para que possam provar as refeições. 

Ao JN, o ministério detalha ainda que a única empresa a ser multada este ano foi a Uniself, “maioritariamente por questões relacionadas com a falta de pessoal”. O valor da multa aplicada não foi revelado. 

O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, também refere que “não se tem ouvido queixas de alunos ou directores” e admite que possa ter a ver com o reforço da fiscalização. 

Já da parte da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira concorda que “há mais acompanhamento”. O serviço, porém, “não melhorou”, diz ao diário. O responsável garante que as empresas concessionárias não têm as portas abertas aos pais como os refeitórios geridos directamente pelos agrupamentos nem a mesma flexibilidade para menus alternativos. 

No ano passado, o ME recebeu um total de 936 queixas contra a comida nos refeitórios concessionados nas escolas. No total, foram servidas 25 milhões de refeições. 

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