Sindicato diz que adesão à greve da TST é de mais de 90%, empresa fala em 77,8%

Empresa fez uma proposta de um aumento salarial base para os 685 euros e da adopção de um sistema de folgas rotativas. Sindicatos falam numa adesão entre 90 e 95% e a supressão do trajecto entre Setúbal e Lisboa.

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Este é o último dia de greve marcado Rui Gaudêncio

O último dia de greve da Transportes Sul do Tejo (TST), por aumentos salariais, regista esta segunda-feira uma adesão entre 90% e 95% e a supressão de carreiras entre Setúbal e Lisboa, segundo o sindicato. Isto, apesar de a empresa contabilizar 77,8%.

“Nesta manhã a greve está a ter uma adesão de 90% a 95%. Estão meia dúzia de autocarros a funcionar com trabalhadores contratados a prazo que estão numa situação de fragilidade e, apesar de gostarem de estar junto dos seus camaradas, perante a sua situação profissional não arriscaram”, disse à Lusa João Saúde, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Segundo o sindicalista, esta elevada participação dos trabalhadores fez com que na manhã de segunda-feira “não tenha sido efectuada nenhuma carreira [de autocarros] entre Setúbal e Lisboa”, além de um “grande impacto” em todas as áreas em que a TST opera, na península de Setúbal.

Já os dados da empresa são diferentes, apontando para uma adesão de “77,8% dos colaboradores”.

Também no domingo, no primeiro dia de greve, houve divergências entre os dados apresentados, uma vez que o sindicato deu conta de uma adesão entre 90% e 95% e a empresa falou em 61%.

Segundo João Saúde, perante a exigência de um aumento salarial para 750 euros, a TST avançou com uma contraproposta “de um aumento para 685 euros de salário base” e da adopção de um sistema de “folgas rotativas para os trabalhadores que não folgam ao sábado e ao domingo”.

De acordo com o sindicato, à semelhança das greves realizadas em Março e Abril, entre os motivos que levaram à convocação da actual paralisação estão o aumento de salários e a sobrecarga horária.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua actividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

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