Casamento de Felipe e Letizia sofreu ameaça de atentado

O segredo foi revelado, 15 anos depois, por José Bono, antigo ministro da Defesa.

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Reuters/Stringer

No dia 22 de Maio de 2004 celebrava-se o casamento do príncipe Felipe com a jornalista Letizia Ortiz. Agora, 15 anos depois, o ex-ministro da Defesa, José Bono, revela que as autoridades temiam um atentado. Então, apenas o rei Juan Carlos foi informado. 

Para este acontecimento, com cerca de 1200 convidados, as autoridades espanholas mantiveram uma segurança excepcionalmente apertada na catedral de Almudena. O medo de uma eventual ameaça surgiu depois de terem sido roubados “vários ultraleves”, disse José Bono ao El Confidencial

Foram destacados 20 mil agentes e investidos sete milhões de euros na segurança da boda real. Segundo o jornal espanhol, o plano de prevenção incluiu até a suspensão do Tratado de Schengen entre os dias 16 e 24 de Maio. Durante esses dias, a Guarda Civil e a Polícia Nacional controlavam todos os comboios, aviões e veículos que entravam em território nacional.

De recordar que naquele ano, Espanha combatia uma ameaça terrorista real, uma vez que os ataques às estações de comboio em Madrid, que provocaram a morte de 193 pessoas, tinham ocorrido há pouco mais de dois meses.

O antigo ministro da Defesa, José Bono, passou a cerimónia em contacto com o ministro do Interior, José Antonio Alonso, com o secretário de Estado da Segurança, Antonio Camacho, e com o presidente do Governo, Rodríguez Zapatero. O momento mais crítico ocorreu às 17h50 quando soaram os alarmes aéreos na capital. Não foram desvendadas as razões, mas a versão oficial diz que foi um falso alarme. “O rei Juan Carlos também estava ciente da situação”, mas “o príncipe Felipe, não. Era seu dia”, revelou.

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