Nuno Melo: Costa, o “habilidoso”, “deu as mãos ao PREC”

O candidato centrista voltou a pelar ao voto “num CDS moderado” contra a “extrema esquerda”.

Foto
Nuno Melo, cabeça de lista do CDS às eleições europeias LUSA/Nuno André Ferreira

Nuno Melo começou o sexto dia oficial de campanha com uma arruada no paredão da Povoa de Varzim. Havia pouca gente na rua, mas o número um do CDS acabou por encontrara uma maioria de apoiantes do partido. Fez mais um apelo ao voto “num CDS moderado” contra “o extremismo da extrema-esquerda”, mas as perguntas dos jornalistas levaram-no para a eleição legislativa de 2015 e, claro, acabou por sobrar mais uma vez para António Costa.

O CDS afirma frequentemente que o país “está pior” quatro anos depois das legislativas. “Se voltar a haver uma maioria de esquerda, quem não percebeu o que aconteceu, os políticos ou as pessoas?”, perguntou um jornalista.

Melo respondeu de pronto: “Eu percebi bem o que aconteceu em 2015. E o que aconteceu foi que o PS perdeu as eleições. Como percebi bem o que aconteceu nos quatro anos subsequentes: uma extrema-esquerda que sequestrou o PS e, através dele, para permitir que quem não ganhou as eleições governasse sozinho, afirmou a sua agenda habilidosa.”

Para o candidato centrista António Costa “é que se engana quando se convence que venceu as eleições”. “Governa, mas perdeu as eleições. (…) O dr. António Costa é um habilidoso. Consegue fazer das derrotas vitórias e consegue até governar sendo um derrotado, quando em relação a outros do próprio partido exigiu que se demitissem tendo vencido”, acrescentou.

Como o tema era António Costa, Melo seguiu lançado e acabou no Processo Revolucionário em Curso [PREC] de 1975. “O dr. António Costa tem uma maioria parlamentar, mas perdeu as eleições. Uma maioria dada por uma extrema-esquerda que sequestrou o socialismo, que, ai sim à esquerda, que durante muitos anos, desde logo com Mário Soares, foi a fronteira ao PREC. Basicamente o dr. António costa deu as mãos ao PREC. Nos somos o 25 de Novembro”.

Sugerir correcção
Ler 6 comentários