ARCOlisboa recebeu cerca de 11 mil visitantes à procura de arte contemporânea

Balanço provisório da feira que terminou este domingo. Direcção do evento admite estar à procura de um palco alternativo à Cordoriara Nacional, “com maior capacidade”.

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A feira de Lisboa termina este domingo António Cotrim/ Lusa

Cerca de 11 mil pessoas visitaram a ARCOlisboa 2019, feira de arte contemporânea que terminou este domingo, divulgou a organização num balanço provisório.

Um total de 71 galerias, a maior parte de Portugal e Espanha, participou na edição deste ano, que decorreu na Cordoaria Nacional e contou pela primeira vez com galerias africanas. O número de visitantes aproxima-se do da edição de 2018, que, no entanto, teve a duração de cinco dias, em vez dos quatro deste ano.

De acordo com a organização da ARCOlisboa 2019, num comunicado divulgado este domingo, “os profissionais, coleccionadores e convidados destacaram, especialmente, a qualidade das obras expostas nos stands e o maior rasgo assumido pelos galeristas nas suas exposições, manifestando uma confiança superior nas possibilidades de negócio e na projecção dos artistas na feira”.

“Em paralelo, destacaram também os conteúdos e o programa da proposta África em Foco que, através de seis galerias e de três mesas de debate, trouxeram uma primeira aproximação da criação artística no continente africano que garante a sua continuidade na feira”, refere a organização.

A nova secção especial África em Foco contou com as galerias Afriart (Kampala, Uganda), Arte de Gema (Maputo, Moçambique), Jahmek (Luanda, Angola), Momo (Cidade do Cabo, África do Sul), Movart (Luanda, Angola) e This Is Not a White Cube (Luanda, Angola).

A organização revela que durante a feira foram feitas várias aquisições de obras de arte por coleccionadores e instituições. Entre estas últimas, destaca a Câmara Municipal de Lisboa, que comprou, para o Núcleo de Arte Contemporânea da autarquia, obras de Pedro Casqueiro, Cecília Costa, André Romão, Jorge Queiroz, Isabel Simões, Patrícia Garrido, Dalila Gonçalves, Tiago Alexandre e Carla Filipe.

É também destacada a Fundação EDP, que adquiriu, entre outras, obras de Ana Jotta, Gabriel Abrantes, Carlos Bunga, Rui Toscano e João Ferro Martins.

Nesta edição, pela segunda vez, a ARCOlisboa entregou o Prémio Opening, que distingue o melhor pavilhão desta secção. As galerias Jahmek Contemporary Art, em Luanda, e a Copperfield, em Londres, foram distinguidas ex-aequo.

A ARCOlisboa - Feira Internacional de Arte Contemporânea é co-organizada pela Feira Internacional de Madrid e pela Câmara Municipal de Lisboa.

Em declarações na terça-feira à Lusa, o director-geral da empresa Feira Internacional de Madrid, Eduardo López-Puertas, admitiu estudar alternativas à Cordoaria Nacional para instalar o certame – este espaço em Lisboa acolhe a ARCO há quatro anos. Para López-Puertas, a Cordoaria Nacional é um edifício que, apesar de “emblemático e muito original”, tem um espaço limitado, o que poderá levar a uma mudança de local da feira no futuro, se for encontrado um “sítio melhor, mais emblemático e com uma maior capacidade”.

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