Estes humanóides querem um lugar nas escolas portuguesas

Vêem, falam, andam, agarram. Estes robôs com formas humanas - por isso se chamam humanóides - foram criados pela Teckies, uma startup de tecnologia criada pelo luso-alemão Patrick Götz. O criador tem como objectivo tornar acessível o ensino da robótica.

 

Quando a filha de nove anos de Patrick lhe questiona sobre as profissões do futuro, o fundador da Teckies não sabe o que é que há-de responder, mas tem uma certeza: a tecnologia vai estar presente.

Por isso, o gestor considera que as escolas já deveriam estar "muito mais à frente" no ensino de competências computacionais, algo que poderia trazer vantagens também para outras disciplinas como a matemática e as ciências.

"A partir do momento em que as crianças ficam a saber que a geometria pode ser utilizada na robótica, vêem logo uma utilidade prática para aquilo que estão a aprender", argumenta.

A Teckies apresenta-se na sua página com a missão de "preparar todas as crianças do século XXI para um mundo tecnológico", e Patrick sublinha que esta preparação pode começar desde "muito pequenino".

"Aos três, quatro anos, já se pode começar a ensinar pensamentos computacionais como estruturar com lógica uma determinada actividade", explica. A empresa que gere fabrica e vende vários modelos de robôs pensados para serem trabalhados por crianças de várias idades que o fundador considera serem de preços "acessíveis" dado o nível de tecnologia envolvida.

O PÚBLICO acompanhou um workshop na Biblioteca de Telheiras dirigido a pais e filhos com mais de sete anos. Num sábado de manhã, a pequena sala encheu-se de sete famílias curiosas para experimentar montar de raíz e comandar um humanóide, um robô mais complexo por causa da forma humana e do tipo de comportamentos com que pode ser programado.

Quase todos os inscritos eram rapazes com os seus pais, à excepção de uma mãe que trouxe um rapaz e duas meninas, mas que não quis aparecer na reportagem. O modelo utilizado - um EX-Robot - custa 640 euros.