PSD quer ouvir ministro da Defesa por causa dos meios de combate a incêndios

Sociais-democratas insatisfeitos com explicações de Gomes Cravinho e do chefe de Estado Maior da Força Aérea sobre os atrasos na validação dos contratos.

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O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, poderá ter de ir ao Parlamento falar sobre o envolvimento do ministério no combate aos incêndios Rui Gaudencio

A bancada parlamentar do PSD quer ouvir o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, depois de o governante ter tentado “imputar” ao Tribunal de Contas (TdC)  a “responsabilidade pelos atrasos” na validação dos contratos dos meios aéreos de combate a incêndios.

Em causa estão as declarações prestadas pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea, o general Joaquim Borrego, esta quinta-feira de manhã na comissão parlamentar de defesa, sobre os meios aéreos mas também as do ministro que remeteu os atrasos na validação dos contratos para o TdC.

“Isso é especialmente grave pois o ministro da Defesa Nacional não pode ocultar a verdade aos portugueses sobre uma matéria tão sensível como esta nem imputar ao TdC uma responsabilidade que este manifestamente não tem em todo este processo”, lê-se no requerimento subscrito pelos deputados do PSD na comissão de Defesa e enviado esta quinta-feira. Os sociais-democratas pedem, assim, para ouvir o ministro sobre “este processo e sobre os termos do envolvimento da Força Aérea Portuguesa no combate a incêndios rurais”.

Gomes Cravinho, em comunicado, tinha referido que a disponibilidade dos meios aéreos [dispositivo de combate a incêndios rurais] estava dependente do visto prévio do Tribunal de Contas. Esta instituição veio, depois, esclarecer em comunicado que só tinha dado entrada a um pedido de visto de um contrato (que foi, aliás, devolvido a 6 de Maio com exigência de esclarecimentos adicionais) e que só esta quarta-feira, por volta da hora de almoço, tinham chegado outros nove pedidos de visto para contratos de meios aéreos.

Esta manhã, na comissão parlamentar de Defesa, o general Joaquim Borrego assegurou que “a Força Aérea tudo fez para que os contratos fossem feitos com a maior brevidade possível” e que “estão a ser feitos, estão a decorrer”.

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