Foi difícil, mas Marisa Matias lá acabou por atrair os bichanos

A candidata colocou o tema dos direitos dos animais na agenda da campanha para as europeias.

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LUSA/PAULO NOVAIS

Em vez de uma tradicional arruada, a cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias anda pelas ruas de Coimbra, sim, mas à procura de gatos. Não é uma tarefa tão fácil como pode parecer. Com o aparato da caravana bloquista e mais um punhado de jornalistas, munidos de máquinas fotográficas e câmaras de filmar, o que os bichanos fazem é… fugir. Mas, no fim, Marisa Matias lá consegue.

Baixa-se e, na hora de comerem, atrai-os um com um paté da preferência da bicharada. E eles lá assomam, só os focinhos à vista, através de um pequeno buraco na porta velha de um edifício, na baixa de Coimbra. Assomam, dão o ar da sua graça, lambem os bigodes satisfeitos com a refeição, mas sem grandes confianças ou aproximações. Não é para surpreender. Marisa Matias já sabia, porque os dirigentes da associação que se dedica a ajudar aqueles animais, já lho tinham explicado: aqueles gatos são de rua, é normal que se afastem.

A candidata ao Parlamento Europeu pôs o tema dos direitos dos animais na campanha, na tarde desta quinta-feira, dando a conhecer o trabalho que se faz na Associação Gatos Urbanos: os felinos são recolhidos, esterilizados e, depois, uns regressam à rua, outros vão para a adopção. Foram os gatos que permanecem na rua os que Marisa Matias foi conhecer, ou tentar.

Marisa Matias, que diz não ter medo da eventual sombra que o PAN possa vir a fazer ao Bloco na matéria, lembrou, antes mesmo desta acção, aos jornalistas que foi pela mão dos bloquistas que o tema dos direitos dos animais chegou, pela primeira vez, à Assembleia da República. E que, também no Parlamento Europeu, se tem feito essa luta, em questões até como política de pescas e ameaças à biodiversidade, normas para o transporte e para a produção intensiva de animais de consumo. No caso do transporte, o que Marisa Matias defende é que deixem de ser transportados vivos.

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