PDR acusa comunicação social de ser cortesã dos grandes partidos

Marinho e Pinto considera que os jornalistas são uma parte do grande problema da democracia portuguesa que é a não credibilidade.

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Marinho e Pinto com o representante do Partido Democrático Europeu LUSA/JOAO RELVAS

O cabeça de lista do Partido Democrático Republicano (PDR) Marinho e Pinto, acusou esta quinta-feira os órgãos de comunicação social (OCS) de “funcionar como uma espécie de cortesãos” dos grandes partidos, considerando que tem sido “banido”.

Durante uma acção de campanha em Braga, o eurodeputado discorreu críticas à comunicação social, mais do que aos seus adversários nas eleições europeias de dia 26, acusando os jornalistas de serem “uma parte do grande problema” da democracia portuguesa. Quanto aos seus adversários, sem nomear nenhum outro cabeça de lista, Marinho e Pinto disse que a campanha tem sido “panfletária” e de “inventarem desacordos” quando na União Europeia defendem o mesmo.

“Tenho sido banido da informação. Com uma comunicação social que funciona como uma espécie de cortesãos dos cinco partidos na Assembleia da República, assim é muito difícil haver uma mudança”, afirmou o candidato, eleito para o Parlamento Europeu em 2015 pelo Movimento Partido da Terra mudando depois para o PDR.

Para o líder do PDR “a generalidade dos jornalistas faz informação em compromisso com as fontes e não com os destinatários”, apontando o dedo ao papel da comunicação social na sociedade. “Vocês, jornalistas portugueses, são uma parte do grande problema da democracia portuguesa que é a não credibilidade, uma comunicação social que não respeita o pluralismo, que não é plural que não é isenta faz toda a diferença no combate politico”, referiu.

Já sobre os outros partidos que concorrem às eleições europeias, o PDR acusa-os de realizarem farsas: “O PS e o PSD estão de acordo naquilo que é essencial para a Europa, cheira a eleições e inventam desacordos, ódios quase, para encenar aquilo que não existe.”

“O PCP e o BE passaram quatro anos a apoiar o Governo. No Parlamento Europeu andam a fazer as encenações de sempre, panfletárias”, completou. Marinho e Pinto afirmou assim que quer “trazer mais verdade, autenticidade ao debate para que o debate não seja a teatralização que tem sido sistematicamente”.

Como bandeiras de campanha, o PDR apresenta “uma gestão coerente das fronteiras externas, politicas comuns de segurança e de defesa, um salário mínimo para toda a Europa” e a “defesa da moeda única. Questionado sobre o que fará se não for eleito, Marinho e Pinto deixou uma garantia: “Vou-me meter noutras aventuras. Calado não vou ficar, nem quieto”, respondeu.

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