Rio e Rangel a bordo de um veleiro mas com ventos cruzados

Líder do PSD e candidato às europeias estiveram poucas vezes juntos na embarcação que os levou a um passeio pelo rio Tejo

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As bandeiras laranja agitadas ao som de “paz, pão, povo e liberdade” não deixavam margem para dúvida: estava em marcha mais uma iniciativa de campanha do PSD. Desta vez, o candidato não caminhava na rua, não pegava na bicicleta nem levantou voo de helicóptero. Esperou pelo líder do partido e entraram os dois para um veleiro – por sinal com o nome de Príncipe Perfeito – para navegar durante cerca de uma hora e meia pelo Rio Tejo.

A eles juntaram-se as dinamizadoras da acção de campanha – as Mulheres Sociais-Democratas (MSD), uma estrutura que não existe formalmente no partido – e outros militantes e dirigentes. Enquanto o “Príncipe Perfeito” se afastava do cais de Alcântara, ouvia-se não só o hino mais antigo do PSD como o que toca agora mais vezes – “nós somos um rio que não vai parar”. Mesmo antes da partida soube-se que Santana Lopes tinha sofrido um acidente de automóvel. Alguns militantes perguntavam pelo estado de saúde do ex-líder do PSD e agora presidente da Aliança. “Ah coitado”, comentava uma social-democrata que, logo a seguir, telefonava a alguém a relatar o acidente. 

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Rio e Rangel entraram juntos na embarcação mas algum tempo depois separaram-se e poucas vezes voltaram a estar lado a lado. Ainda ouviram Lina Lopes, líder das MSD, anunciar ao microfone: “Estamos a navegar rumo à Europa”. Gritou-se algumas vezes PSD e o actor Nuno Miguel Henriques declamou O mar português de Fernando Pessoa.

Depois, o microfone foi de Paulo Rangel para assumir que não era o momento de discursos partidários naquela que considerou uma “experiência náutica simbólica”. Elogiou a paridade na lista às europeias e ensaiou um número: “Se elegermos nove deputados teremos cinco mulheres e quatro homens”. Recebeu muitos aplausos.

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Já Rui Rio dispensou o vento que se fazia sentir ao final da tarde no convés e falou aos jornalistas dentro de uma cabine. Reforçou a ideia de que o primeiro-ministro se devia preocupar com a falta de meios aéreos de combate aos incêndios em vez de se “preocupar” com uma viagem de helicóptero do candidato do PSD. Assumiu concordar com o CDS-PP na proposta de retirada das condecorações a Joe Berardo, mas antes, quando abordado pelos jornalistas sobre a necessidade de elevação na campanha, o líder do PSD falou das dificuldades dos passageiros em fazer a travessia diária do Tejo por falta de barcos e os descontos nos passes sociais.

No final, o líder do PSD ainda teve tempo para algumas fotografias com militantes. Durante a viagem, os ‘jotas’ não perturbaram o passeio com cânticos e mostraram que há outra maneira de vestir a camisola da campanha: muitos tinham calçado meias azuis com as 12 estrelas da Europa. 

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