João Ferreira quer “reforçar” resultados mas ainda foge a pedir o quarto mandato

Eurodeputado diz não temer comparações entre o trabalho da CDU e dos outros portugueses em Bruxelas — até são boas.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Estamos no início da campanha eleitoral, por isso, João Ferreira, o cabeça de lista da CDU ainda foge a apontar a mira ao quarto mandato no Parlamento Europeu. Para já, perante a multiplicidade de novos partidos, a postura é de serenidade e cautela, muita cautela.

Questionado ao final da manhã, durante uma arruada no centro de Vila Franca de Xira sobre se a meta da CDU é a manutenção dos três lugares de eurodeputados, João Ferreira preferiu não se comprometer, como é apanágio entre os comunistas. 

“O trabalho que desenvolvemos leva-nos a ter confiança na batalha eleitoral que estamos a travar e a aspirar legitimamente a ver reforçada a presença da CDU no Parlamento Europeu”, respondeu. “Seria útil para o país ter mais deputadsos comprometidos com a defesa de Portugal e isso tem feito falta nos últimos anos. É para isso que estamos a trabalhar.”

E o que significa “reforçar"? “O reforço pode acontecer de múltiplas formas: em número de votos, em percentagem, em mandatos. Pode ser nisto tudo. Veremos em quê”, afirmou João Ferreira. Que depois garantiu que a coligação de esquerda não terá especificado em que se deve traduzir esse reforço - isso “os eleitores o dirão”.

Apesar da insistência dos jornalistas sobre se a redução de algum dos indicadores, em especial a perda de um mandato, será uma derrota, o eurodeputado não respondeu e preferiu uma resposta ao lado, voltando ao discurso de que todos os avanços positivos tiveram a mão da CDU e se outros problemas não foram resolvidos não foi por os seus partidos não apresentarem soluções.

Pouco antes, durante a arruada, um comerciante tinha dito a João Ferreira que a bloquista Marisa Matias fez mais do que os comunistas em Bruxelas. Este é o tipo de comentário que toca fundo na alma dos comunistas. O eurodeputado pediu-lhe que fosse ver à internet, ao balanço feito pelo próprio Parlamento Europeu, a quantidade de trabalho (e também a qualidade) do que fizeram os eleitos da CDU. “Não tememos comparações, pelo contrário. Desejamos que elas se façam. É normal, nestas alturas, haver todo o tipo de desinformação e rankings com critérios subjectivos e não explicados para transmitir uma imagem diferente do que se passou.”

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