E Cannes abriu com os zombies de Jarmusch: já murchos

O festival continua em busca do segredo do filme de abertura. The Dead Don’t Die, que inaugurou esta noite a sua 72.ª edição, confirma o cinema de autor como fórmula para criar “acontecimento”.

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Nestas coisas de filmes de abertura, o Festival de Cannes, depois do nadir que foi Grace of Monaco, de Olivier Dahan (2014), decidiu não prosseguir na via da fórmula filme-acontecimento e inverteu para a fórmula “filme de autor”. Nos anos que se seguiram, isso materializou-se em La Tête Haute (2015), de Emmanuelle Bercot, Café Society (2016), de Woody Allen, Os Fantasmas de Ismael (2017), de Arnaud Desplechin, e Todos Sabem (2018), de Asghar Farhadi. Parece óbvio que, às apalpadelas, em alguns casos batendo com a cabeça na parede, o festival vem procurando tirar partido de uma síntese: a fórmula “filme de autor” como acontecimento. E The Dead Don’t Die, de Jim Jarmusch, que abriu a edição deste ano, abrindo simultaneamente a competição, cabe nessa tentativa.

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