Nuno Melo promete não esquecer Pedro Marques, ao contrário de Costa e Timmermans

Candidato do CDS-PP reitera que o cabeça de lista dos socialistas é o primeiro-ministro, António Costa e gosta do epiteto de “Melinho das feiras”.

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Nuno Melo ironizou com companha do PS LUSA/Miguel Pereira da Silva

Nuno Melo, candidato do CDS às eleições europeias, prometeu esta segunda-feira com ironia não esquecer Pedro Marques, “número um” da lista do PS ao Parlamento Europeu, ao contrário do que fizeram o líder socialista, António Costa, e o candidato à Comissão Europeia Frans Timmermans.

A promessa foi feita, com um sorriso, por Nuno Melo, a meio de uma visita à feira de Ponte de Lima, distrito de Viana do Castelo, acompanhado pelo presidente da câmara, Victor Mendes, autarca do CDS. Melo prometeu “não esquecer” o PS e Pedro Marques, apesar de reiterar, pelo segundo dia consecutivo, que “o cabeça de lista socialista” é António Costa.

Nem o secretário-geral socialista nem Timmermans, num almoço comício do PS neste domingo em Mangualde, se “recordaram que o cabeça de lista se chama Pedro Marques, o que faz sentido, porque o cabeça de lista chama-se António Costa”, disse, afirmando que os socialistas também se esquecem do ex-ministro das Infra-estruturas do Governo de Costa.

Nuno Melo vai visitar feiras, manhã cedo, nos próximos dias de campanha do CDS para as europeias, e não se importa que lhe chamem “Melinho das feiras”, embora diga que “o original”, Paulo Portas, o ex-líder, “é melhor”.

“Melinho das feiras? Não, não me importo, pelo contrário. Mas o original [Paulo Portas] é o melhor”, disse Nuno Melo aos jornalistas, quando lhe perguntaram se se importava que lhe chamassem “Melinho das feiras”, entre uma banca de sapatos e outra de roupa, na feira de Ponte de Lima. As feiras são uma “longa tradição” no CDS, reconhece o eurodeputado que, sendo “um partido de direita”, tem algumas dificuldades em “chegar às pessoas”, pelo que a ida às feiras é uma forma “de chegar às pessoas”.

Logo pela manhã, Melo e o presidente da câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, andaram a passear pela feira, distribuindo panfletos e canetas. Em terra onde o CDS governou a câmara durante anos, no pós-25 de Abril de 1974, Melo foi bem recebido pelos comerciantes e quem ia comprar, de roupa a sementes, de selas de cavalo a roupa e sapatos, enxadas e pratos de barro.

Algumas pessoas receberam o panfleto com alguma frieza, mas outras até pediam para não gastar o panfleto porque “lá em casa” todos vão “deitar pelo CDS” nas europeias. Victor Mendes andou a ajudar Nuno Melo, mas também teve de ouvir queixas de alguns dos comerciantes, por causa do valor da taxa que pagam para poder vender na feira.

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