Começou avaliação do espólio dos gabinetes portugueses de leitura no Brasil

O rastreio do acervo literário, histórico e documental arranca no Gabinete Português de Leitura de Pernambuco. Segue-se Belém do Pará e Salvador da Bahia.

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O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, é o responsável pelo lançamento deste projecto dro Daniel Rocha

Arranca esta segunda-feira a avaliação que dois técnicos da Biblioteca Nacional farão de três gabinetes de leitura portugueses no Brasil: o Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, fundado em 1850; o Grémio Literário e Recreativo Português de Belém do Pará, de 1868; e o Gabinete Português de Leitura de Salvador da Bahia, de 1863. Os trabalhos terminam a 27 de Maio.

O objectivo deste rastreio é a identificação de património histórico, literário e documental para posterior digitalização, de acordo com o protocolo assinado em Janeiro, como o PÚBLICO noticiou, entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e o Ministério da Cultura.

Estas três instituições privadas, ainda hoje geridas por portugueses e luso-descendentes, possuem, no total, “um acervo com 160 mil volumes”, explica uma nota divulgada pela Secretaria de Estado das Comunidades.

Como o PÚBLICO noticiou, este projecto foi lançado pelo secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, há cerca de um ano e é financiado por empresários portugueses no estrangeiro e luso-descendentes, através do Gabinete de Apoio ao Investidor na Diáspora.

A operação de digitalização do espólio dos três gabinetes de leitura procura prevenir a preservação do património face a incêndios como os que “danificaram o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, ou o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro”, explicou José Luís Carneiro.

Refira-se que o Governo português já apoia e participa na administração do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, uma instituição que data da segunda metade do século XIX e que possui 450 mil títulos, propriedade da Beneficência Portuguesa, da Escola Portuguesa do Rio de Janeiro e do próprio Gabinete Real de Leitura.

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