Pedro Marques na Guarda: “Aqui já não lhe perguntam quem é o senhor”

Pedro Marques recorda elogios de Álvaro Amaro e Carlos Moedas ao seu trabalho e insiste nas provas dadas no sector social.

Foto
Pedro Marques com Marília Raimundo LUSA/MIGUEL A. LOPES

Por aqui enxotou as críticas de falta de popularidade. Aqui muitos o conhecem. “Foi o único que nos deu dinheiro para comprar um autocarro”, recorda Marília Raimundo. “É uma pessoa que foi sempre amiga. (…) Não tivemos de outras pessoas o mesmo carinho, as mesmas demonstrações”, conta uma eléctrica Marília Raimundo, ex-deputada do PSD, ex-secretária de Estado e ex-governadora civil da Guarda, actual presidente da Fundação Bento Raimundo na Guarda.

A relação remonta aos tempos em que Pedro Marques foi secretário de Estado da Segurança Social e por ali passou, e depois disso ali voltou só para saber se estava tudo bem. “Aqui já não lhe perguntam quem é o senhor. Só se também não souberem quem sou eu, por doença”, diz Marília. Nos anos 90, Marília e João Raimundo, o marido, foram visados em casos mediáticos - como o da alegada “lista negra da Guarda” - cuja acusação judicial acabou anulada. Pedro Marques sorri e no final até retribui com um abraço.

O bálsamo que o candidato recebeu nesta instituição do sector social deu-lhe mais uma vez o mote para puxar pelo trabalho que fez enquanto secretário de Estado da Segurança Social. “Tive a possibilidade de fazer coisas concretas para demonstrar o que quero fazer na Europa”; “a mesma pessoa que no Governo trabalhou com as instituições quer ir para Bruxelas trabalhar”, respondeu.

Sobre os assuntos de Bruxelas voltou a referir o “corte de 70% nos fundos para equipamentos sociais” decididos pelo anterior Governo. Um número que já tinha referido num almoço com autarcas socialistas do distrito da Guarda. “Cortaram, foi uma escolha dizer ‘não’ ao sector social e às IPSS”.

Nesse almoço, sugeriu ao candidato social-democrata que falasse com Álvaro Amaro, quinto da lista do PSD, sobre os elogios que, enquanto autarca, terá feito a Pedro Marques, quando este era ministro das Infra-estruturas e negociou a reprogramação dos fundos estruturais. Álvaro Amaro “elogiou como poucas pessoas terão feito” a aceleração da execução dos fundos. “Álvaro Amaro disse muito bem do meu trabalho aqui na Guarda; Carlos Moedas falou bem do Governo; só Paulo Rangel é que passa a vida a dizer mal, do meu trabalho, do PS”, referiu.

Perante os tiros que têm chegado da direita, pede “elevação nesta campanha”.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários