FC Porto vence Barcelona e está na final da Liga Europeia

“Dragões” venceram equipa catalã no desempate por grandes penalidades, depois de um empate (1-1) no final do prolongamento. Segundo finalista será decidido em partida entre Sporting e Benfica, este sábado, às 18h.

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O FC Porto quebrou uma maldição que se prolongava desde 1996-97. Com a vitória sobre o Barcelona, nas grandes penalidades, após um empate (1-1) no final do tempo regulamentar, os portistas passam à final da Liga Europeia e garantem, desde já, que a final deste domingo será portuguesa. O segundo finalista será encontrado às 18h deste sábado, no encontro entre Sporting e Benfica, disputado no Pavilhão João Rocha. 

Num primeiro tempo pautado pelo equilíbrio, os primeiros minutos não foram os melhores para os homens de Guillem Cabestany. Aos 3’, Pau Bargalló enviou a bola ao poste da baliza defendida por Carles Grau. A ameaça foi concretizada logo no minuto seguinte: Matias Pascual, depois de uma simulação que trocou as voltas a Gonçalo Alves, rematou para o fundo da baliza “azul e branca” aos quatro minutos de jogo. 

Após o golo catalão, a primeira parte pertenceu aos portistas. Aos 6’, Rafa dispôs de uma oportunidade primordial para repor a igualdade, mas, isolado frente a Sergi Fernandez, o jogador portista não conseguiu concretizar.

O momento de maior tensão surgiu aos 19 minutos. Carles Grau, guarda-redes dos portistas, derrubou com o stick Matias Pascual, num momento em que este contornava a baliza dos “dragões” numa tentativa de fugir à marcação adversária. Cartão azul para o guardião e livre directo para o “Barça”. Pau Bargallo, especialista em bolas paradas, não conseguiu ultrapassar o recém-entrado Nélson Filipe. Nos dois minutos com menos uma unidade, Gonçalo Alves, Rafa e Hélder Nunes conseguiram neutralizar a vantagem numérica dos catalães.

O intervalo chegou com os catalães a vencerem por 1-0, num momento em que os portistas jogavam com mais um jogador, resultante do cartão azul mostrado a Marc Gual.

No regresso dos balneários, o FC Porto vinha com a missão de dar a a volta ao marcador, missão que se tornou mais fácil com o golo de Gonçalo Alves. Aos quatro minutos do segundo tempo — 29’ da partida — o jogador dos “dragões” ultrapassou Nil Roca, fintou Matias Pascual e, no interior da área catalã, atirou para o fundo das redes. Golo que levantou os adeptos portistas presentes no Pavilhão João Rocha e voltou a nivelar o resultado.

No resto da segunda parte, ambas as equipas tiveram boas oportunidades para desfazer um imbróglio que se manteve até ao apito final. No marcador, a equipa do Barcelona registava nove faltas, o FC Porto oito, factor que tornaria fundamental a gestão emocional para os dez minutos (divididos em duas partes de cinco) de tempo extra.

Com atenção às faltas, ambas as equipas disputaram os primeiros cinco minutos com cautela. A maior oportunidade de golo foi para os portistas, com Hélder Nunes a enviar a bola à barra da baliza de Sergi Fernandez, a 15 segundos do intervalo do prolongamento.

A segunda parte do prolongamento parecia sorrir aos portistas. A três minutos do fim do jogo, Marc Gual vê o cartão azul por ter derrubado Gonçalo Alves. Hélder Nunes, chamado para bater o livre directo, não conseguiu ultrapassar Sergi Fernandez, mas os “dragões” teriam vantagem numérica durante dois dos três minutos que restavam à partida. Reinaldo Garcia, num toque habilidoso, ainda enviou a bola a barra, mas a partida terminaria mesmo empatada.

Nos dez penáltis marcados pelas equipas, as redes apenas balançaram por uma vez. Hélder Nunes foi o homem que marcou o quarto penálti dos “azuis e brancos”. Carles Grau, guarda-redes dos portistas, parou tudo o que foi à sua baliza, carimbando o passaporte dos “dragões” para a final da competição.

"Estivemos muito bem, hoje não houve azar"

Guillem Cabestany, técnico do FC Porto, não escondeu a felicidade por ter vencido o Barcelona e estar na final da Liga Europeia. Na conferência de antevisão à meia-final, o treinador tinha feito menção à falta de sorte nas finais perdidas que, na opinião do próprio, não se verificou na parte final. 

“Acreditava e sempre tive a fé de que esta vez seria boa. Sinceramente, não há muitas diferenças das três finais perdidas. Estivemos muito bem, hoje não houve azar. Nos primeiros cinco minutos a equipa estava tensa, mas conseguiu fazer uma coisa que eu achava muito difícil que foi reagir. Depois dos primeiros cinco minutos, o Porto foi Porto”.

Eduard Castro, técnico dos catalães, deixou uma mensagem de felicitação à equipa de Guillem Cabestany, garantindo que o resultado poderia ter sido favorável a qualquer das equipas, dado a igualdade entre os dois plantéis: “Foi um jogo muito equilibrado. Tentamos impor-nos, estivemos muito competitivos até ao final do jogo. Nos penáltis, é uma lotaria. Não consigo dizer, para já, o que falhou na equipa”. 

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