Jovem fez quatro mulheres reféns numa loja perto de Toulouse

Sabe-se que o jovem tem ligações armadas ao movimento “coletes amarelos”. Mulheres ficaram reféns dentro de uma tabacaria cerca de cinco horas.

Foto
EPA/Frederic Scheiber

Um jovem de 17 anos barricou-se esta terça-feira com quatro pessoas numa tabacaria num subúrbio de Blagnac, perto do aeroporto de Toulouse, no sul de França. Segundo a agência France-Presse (AFP), o assalto à loja não correu conforme as expectativas do jovem, que teve quatro mulheres como reféns — a proprietária da loja e três funcionárias.

O suspeito, de nome Yanis, encontra-se armado e tem ligações ao movimento “coletes amarelos”, tendo sido detido durante um protesto a 15 de Dezembro de 2018. O jovem não é desconhecido pela polícia local.

O assalto terá tido início pelas 16h30 (hora local, mais uma hora em Lisboa). O jornal local Actu Toulouse cita o ministro do interior francês e avança que uma das mulheres já foi libertada. As outras pessoas sequestradas puderam contactar as suas famílias, indicando de que tudo está bem dentro da loja. Minutos depois, a polícia anunciou que as restantes reféns foram libertadas pelo jovem. As mulheres foram forçadas a ficar dentro do estabelecimento durante cerca de cinco horas.

As autoridades estão no local, onde a unidade de elite da polícia francesa (RAID) solicitou um perímetro de segurança de 300 metros. Foram afastadas quaisquer hipóteses de terrorismo por parte do presidente da câmara de Blagnac. O canal France 3 citou testemunhas que terão ouvido um disparo e que o criminoso pediu para falar com o negociador da polícia.

Depois de as mulheres terem sido libertadas, outros membros da polícia efectuaram buscas na casa do jovem, onde tinha um testamento que traça o perfil de um indivíduo em “depressão”, que pretende agir contra aquilo que os “coletes amarelos” têm vindo a reclamar em França durante os seus protestos: baixa de impostos, acolhimento de imigrantes, acabar com os sem-abrigo, apoiar o pequeno comércio e a indústria francesa.

Sugerir correcção
Comentar