Professor acusado de abuso sexual de aluna em Braga faltou ao julgamento

O arguido, com mais de 30 anos de serviço, era director de turma da vítima.

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daniel rocha

O Tribunal Judicial de Braga começou nesta segunda-feira a julgar um professor de Educação Física acusado de abuso sexual de uma aluna de 14 anos, mas o arguido não compareceu à audiência, alegando doença.

O julgamento decorre à porta fechada, mas fonte judicial disse à Lusa que o tribunal, anuindo a um requerimento do Ministério Público (MP), começou a ouvir as testemunhas de acusação. A primeira ouvida foi o pai da vítima, que é assistente no processo.

O arguido, com mais de 30 anos de serviço, era director de turma da vítima. Está acusado, pelo MP, de abuso sexual de menor dependente, de trato sucessivo. Segundo o MP, aproveitou-se da posição que ocupava para abusar da aluna, vulnerável devido à idade.

O alerta para os alegados abusos foi dado por colegas da vítima, face ao teor das mensagens que leram no telemóvel dela.

Uma conversa mantida entre professor e aluna através do “chat” da rede social Facebook também fez soar os alarmes.

O caso foi comunicado à direcção da escola e foi aberto um processo disciplinar, que culminou com o despedimento do professor. Um despedimento que o professor já contestou, através de uma acção que interpôs no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.

Os alegados abusos terão ocorrido em inícios de 2017, tendo o professor, numa das ocasiões, e segundo a acusação, levado a aluna até um escritório, onde consumou o crime.

O pai da aluna constituiu-se assistente no processo e pede uma indemnização de 50 mil euros.

Até agora, o arguido optou sempre por não prestar declarações.

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