Três vermelhos, invasão de campo e derrota do V. Setúbal no Bonfim

Encontro com o Boavista esteve parado durante alguns minutos por falta de condições de segurança. Presidente do Vitória faz duras críticas à arbitragem de Fábio Veríssimo: “Este carteiro não entrega mais cartas em Setúbal”.

,Jorge Nuno Pinto da Costa
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Fábio Veríssimo
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Estádio do Bonfim
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Em sete minutos apenas, três cartões vermelhos e todos para a equipa da casa. Foi quanto bastou para incendiar os ânimos no Estádio do Bonfim e obrigar à interrupção do V. Setúbal-Boavista. Após a intervenção dos jogadores sadinos, o encontro que fechou a 32.ª jornada da Liga foi reatado e a derrota dos anfitriões confirmada (0-3).

Num jogo com maior domínio e ocasiões de perigo para o Vitória, durante o primeiro tempo (uma incursão de Jhonder Cádiz pela esquerda, aos 24’, aproximou a equipa do golo), acabaram por ser os visitantes a levar a melhor. Instantes depois da primeira expulsão do jogo, por uma falta grosseira de José Semedo (64'), o Boavista chegou ao golo. Livre indirecto, ressalto na área e remate imparável de Yusupha.

O V. Setúbal acusou este golpe duplo e perdeu qualquer hipótese de reentrar na discussão do resultado logo de seguida. Aos 71’, Zequinha elevou o nível dos protestos e viu o cartão vermelho directo e, ainda os sadinos procuravam recuperar dessa segunda expulsão, e já sofriam a terceira. Entrada à margem da lei de Jhonder Cádiz e segundo amarelo, aos 73’.

Seguiram-se momentos de tensão, com uma tentativa de invasão do relvado reprimida pela PSP e o arremesso de objectos a um dos árbitros assistentes de Fábio Veríssimo. Foi nessa altura que a partida foi interrompida durante cerca de 10 minutos até que fosse reposta a normalidade - e para isso muito contribuiu o apelo de jogadores como Hildeberto ou Makaridze.

O Vitória ainda tentou remar contra a maré, chegou a causar algum perigo junto da baliza “axadrezada”, mas seria o Boavista a acabar com as dúvidas. Rafael Costa assistiu Perdigão na área sadina e o extremo finalizou com um remate cruzado, para o 0-2, antes de Sauer encostar para o 0-3, aos 90+13’.

Com este resultado, o V. Setúbal continua dois pontos acima da linha de água, mas com o handicap de não poder contar com três jogadores influentes para as próximas jornadas, decisivas na luta pela permanência. O Boavista termina a jornada no 11.º lugar, a três pontos do oitavo.

"Um nojo"

Após o encontro, o presidente do Vitória de Setúbal, Vítor Hugo Valente, foi à sala de imprensa do Estádio do Bonfim tecer duras críticas à arbitragem de Fábio Veríssimo, considerando-a “um nojo”.

“O que se passou aqui hoje [segunda-feira] não foi uma vergonha, foi um nojo. O senhor Veríssimo foi um carteiro com encomendas para este e para o próximo jogo. Sabemos o que se passou. É um nojo”, disse.

O dirigente, que se apresentou ao lado do treinador Sandro Mendes na sala de imprensa, revelou que os jogadores estavam no balneário revoltados e inconsoláveis devido ao sucedido.

“Esta é uma terra de gente séria e honesta. Este carteiro [Fábio Veríssimo] não entrega mais cartas em Setúbal. Não põe cá mais os pés. Os jogadores do Vitória não se perderam emocionalmente. O carteiro que aqui veio é que fez tudo para que isto acontecesse. Os jogadores estão a chorar no balneário”, referiu.

Apesar de tudo, Vítor Hugo Valente está confiante na permanência dos sadinos na I Liga: “Se pensam que nos empurram, estão muito enganados. Ficámos com oito ou sete, mas não nos empurram. Isto não acaba aqui. No seu tempo, e locais próprios, irão saber o que aconteceu”.

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