Contrato ‘obriga’ primeiro-ministro a ir à Web Summit

Governo e câmara comprometem-se a investir 11 milhões de euros por ano no evento.

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António Costa e Fernando Medina na Web Summit Miguel Manso

Para conquistar a permanência da Web Summit em Lisboa até 2028, o Governo e a câmara decidiram investir 11 milhões de euros por ano, mas comprometeram-se igualmente com outras contrapartidas. Uma delas destina-se a garantir que o certame continue a estar na agenda política: “Assegurar a participação do primeiro-ministro de Portugal e de outras figuras públicas relevantes na Web Summit” é um dos compromissos que constam do acordo a que o PÚBLICO teve acesso.

É certo que o primeiro-ministro, seja ele qual for, não fica literalmente obrigado a ir à Web Summit, pois no acordo só se diz que “as partes portuguesas envidarão os seus melhores esforços” para o conseguir. Mas se os futuros governantes seguirem o exemplo de António Costa, não serão precisos grandes esforços para os convencer. Costa, bem como Fernando Medina e vários ministros, tem sido presença assídua no evento. Como, aliás, até Marcelo Rebelo de Sousa — mas do Presidente da República o acordo não fala.

Outro compromisso assumido pelas as partes portuguesas é o de organizar “nove recepções de aproximadamente 200 pessoas cada uma, assim como 18 recepções mais leves para 300 pessoas cada uma, durante o período do evento”. Estão ainda assegurados “descontos nos meios de transporte da cidade durante todos os dias do evento para todos os participantes”.

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