Os jovens e o velho continente

Seria de esperar que a consciência europeia estivesse particularmente entranhada entre os jovens portugueses. Verifica-se, porém, que eles estão completamente alheados das eleições europeias.

Nos meus tempos de juventude impressionou-me muito o controlo das fronteiras terrestres nacionais quando as dos outros países europeus estavam abertas. Noutros sítios passava-se livremente de um país para outro, mas cá tinha de se mostrar o passaporte e ser sujeito ao controlo alfandegário. E isso era de dia, porque de noite as fronteiras estavam fechadas, o que simboliza bem um país adormecido. Então não é que eu queria entrar na minha casa, batia à porta em Vilar Formoso, e tinha de esperar até que os guardas acordassem? Hoje tudo mudou, circula-se com facilidade na União Europeia, mais ainda na zona de Schengen, existe uma moeda comum e o roaming foi banido. Com os voos low-cost os jovens, mais ávidos de conhecer o mundo que ainda não viram, podem correr a Europa de uma forma mais célere do que no tempo em que o Interrail era a moda.

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