Facebook remodela sites e aplicações em busca de um futuro “privado”

A mudança é a maior do género na história da rede social e acompanha uma nova estratégia após vários casos que mancharam a reputação da empresa.

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Uma imagem do novo aspecto da rede social Facebook

O Facebook revelou um novo design para o site e aplicações, numa remodelação que a rede social diz que não é apenas cosmética e que ajudará os utilizadores a encontrar conteúdo relevante.

A mudança, a maior do género na história da plataforma, surge após a reputação da empresa ter sofrido sucessivos danos ao longo dos últimos dois anos e meio, relacionados sobretudo com a privacidade dos utilizadores e a desinformação disseminada dentro da rede social.

No redesenhado Facebook – a que a empresa chamou FB5 – é muito menos usada a cor azul que se tornou uma das imagens de marca da rede social. O logótipo também foi mudado.

A novidade foi anunciada na conferência F8, onde a empresa mostra anualmente novos produtos e serviços.

A nova versão da aplicação chegará já a partir desta terça-feira aos utilizadores nos EUA e deverá estender-se ao longo do ano ao resto do globo. Já o novo site deverá ficar disponível nos próximos meses.

“Estamos a introduzir o FB5, um novo desenho para o Facebook que é simples, mais rápido, mais imersivo e põe as suas comunidades no centro”, escreveu a rede social, num comunicado. “Este desenho torna mais fácil para as pessoas irem de espaços públicos para espaços mais privados, como os Grupos.”

Privacidade tem sido uma palavra muitas vezes repetida pelo Facebook nos últimos meses.

“O futuro é privado”, disse Mark Zuckerberg, na abertura da conferência. “Acredito que, com o tempo, uma plataforma social privada vai ser ainda mais importante para as nossas vidas do que as nossas praças públicas digitais. Por isso, hoje, vamos começar a falar daquilo que isto pode ser como um produto, do que significa ter experiências sociais que sejam mais íntimas, e de como precisamos de mudar a forma como gerimos esta empresa para construir isto”, acrescentou o presidente do Facebook, ecoando intervenções públicas recentes.

Na F8, a empresa revelou também uma versão do Messenger para computador (estava limitada a telemóveis), que incluirá chamadas de grupo e que deverá ser disponibilizada globalmente este ano. Em Janeiro, já tinham sido anunciados planos para ligar o Messenger, o WhatsApp e o Instagram numa plataforma de comunicação comum, em que as mensagens de uma aplicação poderão ser lidas noutra.

Uma nova ferramenta para encontros românticos vai ser disponibilizada em alguns países (não em Portugal) e o Instagram vai fazer um teste no Canadá em que deixará de mostrar o número de “gostos” em cada publicação.

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