Dez minutos de vendaval aproximaram o Benfica do título

Equipa de Bruno Lage foi para o intervalo a perder, mas na segunda parte corrigiu a imagem que tinha deixado. Deu a volta ao marcador, com dois penáltis de Pizzi, e triunfou confortavelmente em Braga

Pizzi fez dois golos e uma assistência
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Pizzi fez dois golos e uma assistência LUSA/OCTAVIO PASSOS
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Três jornadas, no máximo, separam o Benfica da conquista do título de campeão nacional. A equipa de Bruno Lage passou com distinção na visita ao Sp. Braga (1-4), isolou-se na liderança da classificação, com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto, e poderá muito em breve estar a comemorar o regresso ao trono do futebol português. Os “encarnados” seguem imparáveis, tendo obtido a 15.ª vitória em 16 jogos no campeonato desde que Bruno Lage assumiu o comando técnico.

A oportunidade colocava-se perante o Benfica, que vira o FC Porto empatar (2-2) em Vila do Conde e jogava pela liderança isolada. Mas uma má primeira parte em Braga ditou que os “encarnados” chegassem ao intervalo em desvantagem no marcador. No entanto, com um vendaval de três golos em dez minutos na segunda parte, o Benfica operou a reviravolta e assumiu o comando da partida, que sentenciou com o quarto golo no derradeiro minuto do tempo regulamentar.

Inicialmente, porém, o Benfica pareceu inibido: o jogo começou com o Sp. Braga instalado no meio-campo atacante e os minhotos seriam a melhor equipa durante toda a primeira parte. A boa organização defensiva da equipa de Abel Ferreira foi sempre um quebra-cabeças para os “encarnados”, que sentiam dificuldades na saída para o ataque. Com os espaços no meio-campo preenchidos e um adversário pressionante, a manobra atacante do Benfica “emperrava”.

O domínio do Sp. Braga quase se traduzia em golo aos 16’, mas Paulinho não conseguiu aproveitar o desentendimento entre Rúben Dias e Vlachodimos. Fransérgio ameaçou de longe, só que a bola passou ligeiramente por cima (27’). Mas o golo surgiu mesmo aos 35’, de penálti. Fransérgio levou tudo à frente, galgou metros, passou por Florentino e por Ferro e depois foi derrubado na área por Rúben Dias quando se preparava para rematar à baliza. Perante o guarda-redes “encarnado”, Wilson Eduardo não perdoou.

O intervalo chegou sem que o Benfica tivesse feito um remate enquadrado com a baliza adversária para amostra. Mas o descanso foi positivo para a equipa de Bruno Lage, que surgiu transfigurada no segundo tempo e começou imediatamente a criar perigo. Logo aos 52’, João Félix desferiu um remate forte, que Tiago Sá ainda desviou para o poste.

Mas seria em dez minutos de vendaval que os “encarnados” iriam dar a volta ao marcador. Tudo começou num penálti a castigar falta de Ricardo Esgaio sobre João Félix, que Pizzi aproveitou para restabelecer a igualdade (59’). Aos 66’, novo penálti: um remate de Pizzi bateu no braço de Bruno Viana e o árbitro assinalou grande penalidade, que o internacional português voltou a não desperdiçar. E o terceiro golo do Benfica surgiu aos 69’, com Pizzi, de canto, a fazer o passe teleguiado para o cabeceamento de Rúben Dias, que surgiu mais alto que Pablo e ampliou a vantagem “encarnada”.

O encontro ficava virado do avesso. Confortável como até aí não tinha estado, o Benfica controlava a partida perante um Sp. Braga que parecia um barco à deriva, perdido em campo, sem a competência e coesão que tinha mostrado na primeira parte.

Prova disso foi que, até ao apito final, as oportunidades mais flagrantes de golo pertenceram ao Benfica. João Félix teve o golo nos pés quando recebeu de Pizzi, mas disparou para a boa defesa de Tiago Sá (83’). O guardião voltou a estar em evidência ao contrariar o remate de Seferovic, que surgiu isolado (90’), mas os seus companheiros tinham-no abandonado: na sequência dessa defesa, Pablo perdeu infantilmente a bola para Rafa, que driblou um par de adversários e rematou para o 1-4.

O título está agora mais perto do Benfica, o terceiro lugar está mais longe do Sp. Braga.

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