Manifestação dos “coletes amarelos” em Estrasburgo dispersada com gás lacrimogéneo

Polícia francesa tentou evitar que o protesto se concentrasse junto às instituições europeias.

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A polícia usou grandes quantidades de gás lacrimogéneo Vincent Kessler/REUTERS

Manifestantes dos “coletes amarelos” que tentaram marchar contra o Parlamento Europeu em Estrasburgo envolveram-se em confrontos com a polícia francesa, que usou grande quantidade de gás lacrimogéneo para os dispersar.

Tratou-se do 24.º sábado de manifestações destes protestos, seguido com especial interesse por vir depois das medidas apresentada por Emmanuel Macron, na quinta-feira, em resposta às preocupações reveladas por este movimento.

O Presidente francês não respondeu directamente aos manifestantes. Apresentou uma série de ideias, entre as quais uma descida de impostos no valor de cinco mil milhões de euros para a classe média, que resultam da iniciativa de auscultação dos cidadãos a que chamou o Grande Debate, e que durou cerca de dois meses.

Quem saiu à rua este sábado, teve como lema marchar contra “o bla-bla” presidencial”, relata o jornal Le Monde. Os números oficiais da polícia não mostram grande mobilização – ao fim da tade, havia 23.600 “coletes amarelos” nas ruas em toda a França, dos quais 2600 em Paris, mais 3500 numa manifestação convocada pela central sindical CGT. No fim-de-semana passado, eram 27.900 em todo o território.

Em Estrasburgo, no entanto, o protesto acabou por se tornar num confronto com a polícia quando cerca de um milhar de manifestantes – metade dos que estavam nas ruas – se juntou ao pé da sede das instituições europeias. A ideia dos organizadores era tornar o protesto internacional, a um mês das eleições europeias. A polícia terá usado gás lacrimogéneo para obrigar os manifestantes a dispersar, ainda antes de ter acontecido alguma coisa.

Houve incidentes junto ao Parlamento Europeu e ao Conselho da Europa, diz o Le Monde. A prefeitura do Baixo-Reno tinha proibido “toda e qualquer manifestação” nos bairros das instituições europeias, diz o jornal.

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