Voluntários recuperam sinalética da Via Algarviana afectada por fogo de Monchique

Esta acção de voluntariado assinala o arranque do projecto “Revitalizar Monchique - o turismo como catalisador”.

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Rui Gaudencio

A sinalética nos sectores da Via Algarviana afectados pelo incêndio de Monchique vai ser recuperada por um grupo de voluntários, acção que marca o arranque do projecto Revitalizar Monchique, divulgou a organização.

A intervenção irá decorrer entre a Picota e a Foz dos Barreiros, troço da rota pedestre que compreende os primeiros 12 quilómetros a serem recuperados, no sector 10 da via pedestre, afectados pelo incêndio que ali deflagrou e se estendeu até aos concelhos vizinhos de Portimão e Silves, no verão passado.

Em comunicado, a Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem), um dos parceiros do projecto financiado pelo Turismo de Portugal, adianta que a acção está prevista para a próxima sexta-feira, a partir das 08h30, consistindo na pintura de marcas de orientação.

A organização pretende envolver a população nesta actividade, mas, por questões logísticas, haverá um limite de 25 voluntários, sendo que os interessados em participar podem fazê-lo mediante inscrição prévia, através de formulário disponível no sítio da Via Algarviana.

Esta acção de voluntariado assinala o arranque do projecto “Revitalizar Monchique - o turismo como catalisador”, resultante de uma parceria com a Região de Turismo do Algarve, a Associação de Turismo do Algarve, a Associação Almargem e o município de Monchique.

O protocolo assinado entre estas entidades no início do ano visa um conjunto de acções para revitalizar o concelho de Monchique, criando condições atractivas para o desenvolvimento da actividade turística, com enfoque no turismo de natureza.

O programa é apoiado com um financiamento total de 479.840 euros, do Turismo de Portugal, ao abrigo do programa RegFin.

O concelho de Monchique foi o mais afectado pelo maior incêndio registado em 2018 em Portugal e que durante uma semana não deu tréguas aos bombeiros, consumindo mais de 27 mil hectares de floresta e terrenos agrícolas.

O fogo, que deflagrou em 03 de Agosto, na zona da Perna Negra, em Monchique, alastrou primeiro para o Alentejo, tocando o concelho de Odemira (distrito de Beja), sem grande impacto, e logo depois, com mais violência, para Silves e Portimão (distrito de Faro).

O incêndio destruiu ao todo 74 casas, 52 das quais elegíveis para receberem apoio do Estado para a sua construção ou recuperação.

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