Ex-presidente do FC Barcelona absolvido de branqueamento de capitais

Sandro Rosell esteve 20 meses em prisão preventiva. Suspeita de cobrança de comissões ilícitas esteve na origem desta investigação.

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Ex-presidente do FC Barcelona esteve preso preventivamente durante 20 meses LUSA/EMILIO NARANJO

Depois de quase dois anos em prisão preventiva, Sandro Rosell, ex-presidente do FC Barcelona, foi absolvido das acusações que enfrentava por branqueamento de comissões recebidas por Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

Esta investigação originou, inclusive, a demissão de Sandro Rosell da presidência dos catalães em Janeiro de 2014. A investigação prosseguiu e, em Maio de 2017, o ex-presidente do Barcelona seria detido por suspeitas de cobrança de comissões ilícitas pelos direitos audiovisuais da selecção brasileira de futebol, que eram depois “branqueadas” através de empresas em paraísos fiscais. Para além de Rosell, mais quatro pessoas — que também foram absolvidas esta quarta-feira — seriam detidas.

A incerteza dos números da contratação de Neymar — agora jogador do Paris Saint-Germain — pela formação catalã, em 2013, foi o primeiro momento negativo numa presidência que se prolongou durante três anos e meio e registou nove títulos. Em causa estava o valor da transferência do internacional brasileiro. Rosell sempre disse que o Barcelona pagou 57,1 milhões de euros ao Santos para ter Neymar, mas a denúncia de um sócio dos “blaugrana”, Jordi Cases, garantiu que a transferência poderá ter chegado aos 94,4 milhões.

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Jogadores trocou o Santos pelo Barcelona em 2013 Albert Gea / REUTERS

O juiz Pablo Ruz entendeu que havia matéria para ordenar a abertura de um inquérito à transferência do brasileiro por alegado desvio de fundos. Tanto o clube como o futebolista acabariam por ser julgados por fraude e corrupção

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